quinta-feira, 7 de março de 2013

MINISTRO DANIEL GOMES ACUSA BAUXITE ANGOLA



O Ministro dos Recursos Naturais do Governo de transição acusou a empresa angolana que devia explorar bauxite no leste do país de nada ter feito desde que assinou o contrato de exploração, há sete anos. Entrevistado pela televisão pública, Daniel Gomes disse, nomeadamente, que a empresa Bauxite Angola não apresentou estudos de impacto ambiental e de viabilidade económica.

A posição do governante surge na mesma altura em que Ministério Público guineense considerou que o contrato assinado entre o Governo de Bissau e a empresa Bauxite Angola, em 2007, não está conforme as leis do país e que podia ser rescindido.
Daniel Gomes acusa ainda a administração da Bauxite Angola (uma empresa de capitais públicos angolanos) de ainda não ter respondido às solicitações que lhe fez, em agosto passado, para que apresenta-se "o rasto" de 13 milhões de dólares americanos que deveriam ser pagos no momento da assinatura do contrato com o Estado guineense.
O ministro disse também que a Bauxite Angola ainda não deu nenhuma resposta sobre a proposta da parte guineense no sentido da reformulação das quotas, passando o país a ter 85 por cento, ao invés dos atuais 10, e Angola 15 (atualmente detêm 90 por cento). 

Daniel Gomes afirma ainda que a Bauxite Angola não delimitou a zona de exploração: "Os jazigos deviam ser balizados, porque estão numa zona fronteiriça com a Guiné-Conacri, mas nada disso também foi feito. Fizemos um cronograma de ações que a empresa devia fazer em 120 dias. Essa data expirou em dezembro passado sem que nada fosse outra vez feito".