quarta-feira, 30 de julho de 2014

O DESAFIO DA MODERNIDADE POLITICA

Entre os varios desejos expressos pelo eleitorado nas ùltimas eleições, é a vontade de modernidade que foi mais gritante.

A modernidade é uma mudança do modo de regulação da reprodução social baseada numa transformação do sentido temporal da legitimidade organizada pela racionalidade das interrelações entre factores que compoem a legitimidade. O futuro na modernidade substitui o passado e racionalisa o julgamento da acção associado ao homem.

A modernidade aparce como a possibilidade politica de mudar regras do funcionamento da vida social, alimentando-se do conjunto das condições historicas e materias que permitem de pensar a emancipação em relação as tradições, as doctrinas ou das ideologias predeterminadas.

O slogan de campanha « No muda Rumo » do Dr. Paulo Gomes, terceiro candidado mais votado nas ultimas eleições presidências tinha sentido e demonstrava uma aspiração profunda do Guineense.

Num contexto de bipolarização da vida politica, o PAIGC venceu as eleições Presidências porque apresentava mais sinais de modernidade em relação ao PRS.


Afinal o que devemos mudar na Guiné ?

Devemos mudar : a mentalidade do Guineense, o modo do funcionamento do Estado. Redefinir o modelo de elevador social apostando no conhecimento e não a força ou a bravura « matchundadi ».

Para tal é preciso mudar/inverter as cadeas de valores das pessoas chamadas a cargos publicos, rever os componentes da legitimidades das superestruturas (Partidos politicos, Sociedade Civil, Forças de Defesa e Segurança, Sistema Judicial) que regem a sociedade Guineense e por no centro das acções pùblicas a Etíca.

Modernizar a Guiné, é ter os melhores quadros da Guiné na Administração e criar um sistema administrativo eficiente e imparcial ao serviço dos Guineenses.

Modernizar a Guiné, é fazer com que haja mais Guineenses « Cidadão » do que Guineenses « Povo ».

Modernizar a Guiné, é criar mais riquezas e mais oportunidades para que o Guineense torna-se cidadão do mundo globalizado ou seja não dependente para viver do Estado ou dos circulos tradicionais de solidariedade «  si tem pa um som, i pabia i tem pa tudo ».
Modernizar a Guiné, é passar dum sistema constitucional semi-presidencial (conflituoso no caso da Guiné) a um sistema presidencial defendido pela Dr. Carmelita Pires durante a campanha eleitoral.

Modernizar a Guiné, é criar um estatuto constitucional para o Chefe da Oposição, criar condições para dar espaços de expressão às pessoas que defendem o modernismo no xadrez politico Guineense.

Modernizar a Guiné, é fazer com que o cargo de Ministro seja o coroamente de uma careira rica e respeitada e não uma recompensa partidaria, familiar ou simplesmente uma questão de « djanta ku sia ».

Modernizar a Guiné, é reabilitar com coragem pessoas que numa determinada altura da historia da Guiné, ofreceram o melhor que tinham para dar ao nosso Pais : Nino Vieira durante a Guerra colonial, Kumba Yala durante a abertura democratica.
Pedro Té