segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

TÉCNICOS GUINEENSES RECEBEM FORMAÇÃO EM PORTUGAL APÓS INCIDENTE COM A TAP



Um ano depois de as autoridades guineenses terem forçado uma tripulação da TAP (Transportes Aéreos Portugueses) a transportar cidadãos sírios e, como consequência, os voos Lisboa-Bissau terem sido suspensos, técnicos guineenses vão receber formação em Portugal.

Um grupo de quatro técnicos superiores da Direção Geral de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau vai participar, entre 15 e 19 de dezembro, num estágio que envolve aulas teóricas e ações no terreno, durante o qual vão poder observar as técnicas de avaliação de documentos falsos, entre outras.

O plano integra o designado Protocolo TAP, assinado a 28 de julho, em Lisboa, e que prevê cooperação, formação e capacitação nas áreas das migrações e controlo de fronteiras da Guiné-Bissau, a par da retoma dos voos diretos entre as duas capitais.

A TAP suspendeu os voos para a Guiné-Bissau em dezembro de 2013, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.

As ligações diretas entre Portugal e a Guiné-Bissau são agora asseguradas pela companhia Euroatlantic, com um voo semanal às sextas-feiras.
Noutra área de cooperação, já no domínio de defesa, os militares portugueses vão voltar a trabalhar em missões de cooperação na Guiné-Bissau no próximo ano, depois de três anos de ausência que se seguiram ao golpe de estado de 2012.

Os ramos prioritários são o Exército e a Marinha, de acordo com o diretor-geral de Política de Defesa, Nuno Pinheiro Torres. No primeiro trimestre devem chegar ao país militares que vão prestar assessoria na reforma do setor de segurança guineense.

Ao mesmo tempo, a partir do próximo ano letivo, a Guiné-Bissau poderá voltar a enviar militares para as academias em Portugal.