Subiu para
12 o número de mortos do ataque armado contra o semanário satírico francês
Charlie Hebdo, que no passado publicou as polémicas caricaturas de Mahomed.
Entre as
vítimas encontram-se dois polícias e um jornalista. Dez pessoas ficaram feridas
e três estarão entre a vida e a morte. O diretor e desenhador de Charlie Hebdo, Stéphane Charbonnier, estará entre os mortos, assim como outros famosos caricaturistas Cabu e Wolinski.
Esta manhã,
pelo menos dois homens fortemente armados atacaram o semanário, antes de
fugirem num veículo. Na fuga, terão atropelado várias pessoas. O carro acabou
por ser abandonado e há quem revele que terão roubado um outro. A polícia terá
perdido os atacantes na região das “Portes de Paris”.
Segundo
fonte policial, terão gritado “Vingamos o Profeta”. Outros afirmam que terão
dito também “Allahu Akbar!”.
O presidente
francês, François Hollande, fala de um “ataque terrorista” e revelou que
“vários atentados tinham sido evitados nas últimas semanas”.
Uma
representante do Partido Socialista evoca um “ataque à liberdade de expressão”.
Hollande
fará uma nova declaração esta noite, às 20 horas em Paris, uma hora menos em Bissau.
Há ainda
dezenas de pessoas no edifício. As autoridades contam o número de pessoas para
determinar se falta alguém.Meios de comunicação social, grandes lojas, locais religiosos e transportes públicos da região parisiense foram colocados sob proteção. As forças de segurança estão em estado de “alerta atentado”.
As
atividades extra-escolares fora das escolas foram canceladas pelo Reitorado da
região de Paris. E o jornal Figaro decidiu bloquear o acesso à sua sede.
As reações
não tardaram e são unânimes em condenar este ataque. O presidente da Comissão
Europeia, Jean-Claude Juncker, fala de “um ato barbáro”.
Trata-se do
ataque mais mortífero registado em França desde 1961, aquando da guerra na
Argélia. Uma bomba atingiu o comboio Estrasburgo-Paris matando 28 pessoas.
O advogado
de Charlie Hebdo, Richard Malka, revela à agência AFP que o semanário “recebia ameaças constantes desde a publicação das
caricaturas do Profeta Mahomed em Novembro de 2011”.Fonte: Euronews