quarta-feira, 11 de março de 2015

OPINIÃO: MELHORAR O EXERCICIO DA CIDADANIA NO ESPAÇO POLITICO

As iniciativas sobre reforma Constitucional a serem levado a cabo, focalisam  essencialmente sobre a mudança dum regime semi-presidencial que genere conflictualidade, a um regime presidencial que supostamente serà menos propenso a conflitualidade entre os titulares de Orgãos de sobrannia - Presidente da Repùblica, Presidente da Assembleia Nacional Popular e o Primeiro Ministro.

O mais importante numa democracia é permiter a constante melhoria do exercicio da cidadania. A nossa sociedade civil tem um papel importante a desempenhar neste sentido. Para tal, é imperativo advogar para que a nossa Lei Eleitoral, permite aos cidadãos de apresentar as suas candidaturas como candidatos independentes nas Eleições Legislativas, assim como nas Municipais à serem realizadas ainda nesta Legislatura. Não hà logica  que a Lei Eleitoral permite um candidato independente a particicipar nas Eleições Presidências e não nas outras.

A participação das candidaturas independentes nas Eleições Législativas e Autarquicas é um direito constitucional. Como se pode justificar e caucionar essa tamanha anomalia constitucional permetindo a participação de candidatos independentes nas Presidências e não nas Eleiçoes Legislativas e Municipais ? .

A pratica de proibir participação de candidatos independentes nas Eleições Legislativas e Municipais, constitui uma discriminação entre cidadãos pertencendo a partidos politicos e os cidadãos que escolheram para não militar num partido politico. Neste sistema atual dito democratico, Como é que a propria Lei cauciona uma desigualdade dos cidadãos perante acesso a mandato elitoral ?

E imperativo que o Legislador modifica esta Lei para repor legalidade e justiça entre Guineenses, no que diz respeito a igualdade perante o acesso à mandato legislativo. Ai lanço um apelo a quem de direito, Deputados, Ministra da Justiça, Presidente do Supremo Tribunal e Comissão Nacional Eleitoral.

Obrigar um cidadão a aderir a um partido politico para aceder a cargo eligivel põe em causa o direito de eligibilidade a todos os Guineenses conferido pela Constituição da Repùblica. A aplicação e a aplicabilidade dum direito fundamental, não deve ser subordenado à adesão à um partido politico.


O espaço politico guineense precisa de mais dinamica qualitativa e positiva, mais proximo de com a preocupação da nossa População e não da constante e pouca eficacia dinamica estatica dos partidos politicos, que infelizmente põem muitas vezes os seus interesses em cima dos interesses da Guiné-Bissau.

A dinamica e a ditadura dos partidos criaram um monopolio « de facto » pondo em perigo a democracia participativa e spontaneo de qualquer cidadão. Agora a realidade é que os dois maiores partidos, PAIGC e PRS, tornaram-se um fundo de comercio, um instrumento de sobrevivência para muitos que nunca trabalharam e nem sabem fazer algo à nao ser politica à fims pessoas, como jà foi denunciado nos varios artigos no blog « progresso Nacional ».

Analisando os ùltimos processos eleitorais no nosso País, constata-se nitidamente, um desamor cada vez maior para a coisa politica. Uma das razões essencial do desenteresse dos Guineenses para politica, é a ausencia de alternativa credivel e duradoura, alimentada por tecnicidade ao serviço do bem comum, da coisa pùblica. Em cada novo Governo, vêmos varios titulares de pastas que jà foram Governantes varias vezes. Pschit ! Nada de novo.

Só que hà muitos cidadãos Guineenses de grande valor, que poderiam melhorar o funcionamento da Assembleia Nacional ou dos futuros Conselhos Municipais, trazendo a sua tecnicidade, a sua « expertise » nas àreas em que os ditos « politicos tradicionais » não estão habilitados, tais como areas ambiental, agronomo, financeiro, marketing, tecnologico ou sociais.

Com a aplicação das candidaturas independentes nas Eleições Legislativas, assim como nas Municipais,  estou convictou que teremos cidadãos competentes capazes de trazer algo de positivo para a Guiné, sem ter que negociar um lugar nas listas de partidos politicos para  libertar energia em prol do desenvolvimento da Guiné.

Analisando o funcionamento da nossa Assembleia Nacional Popular, aparece com uma evidência que os  jogos e contrajogos dos partidos não facilitam os principios de separação dos Poderes.  Na realidade os nossos dignissimos Deputados, em prol da dita diciplina partidaria, não cumprem as suas obrigações juridicas e politicas de contra poder, de fiscalizar o Executivo ou de propostar ideias, projeto para o bem da Nação, mesmo que  essas propostas forem contra a posição partidaria. A manifestação de qualquer independencia dum Deputado perante o seu partido é reprimido nas formações das listas eleitorais, fazendo do poder da formação das listas eleitorais, um meio de pressão do Chefe do partido sobre os candidatos à cargo de Deputado.

As candidaturas independentes podem melhorar e reforçar  a governação nos partidos                                                                                    politicos, obrigando-los, no momento da formação das listas eleitorais a fazer prevalecer o factor competência. Como podemos aceitar e explicar que o nivel de escolaridade medio da nossa Assembleia Nacional Popular, é de sexto ano de escolaridade ?  As candidaturas independentes vão melhorar o funcionamento dos partidos politicos, instaurando nos seus seios mais democracia interna, mais democracia participativa e sobre tudo mais qualidade na escolha dos dirigentes.

De certeza que uma reforma neste sentido permitarà, quem sabe, pessoas como varios blogistas, membros da sociedade civil, acadêmicos, ou tecnicos, de estarem em medida de serem ouvidos nos forums apropriados, para que impulsionassem uma mudança qualitativa na Guiné.

E preciso salientar que o objetivo desta proposta de reforma, não é acabar ou enfraquecer os partidos politicos, que permanecem instituições incontornaveis numa democracia pluralista.

O objetivo da proposta é, mas para fazer com que obtemos mais qualidades entre os cidadãos chamados a fiscalizar e propostar politicas pùblicas.


Pedro Té