terça-feira, 30 de junho de 2015

DIA DA COMUNIDADE GUINEENSE CASCAIS



No âmbito do encerramento do projeto Âncoras- um projeto de integração da população imigrante em Cascais, e dentro de um processo que prosseguirá até ao dia 01 de Julho apenas com o “consultório jurídico” pela parte da Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal, a Embaixada da Guiné-Bissau em Portugal em colaboração com a Câmara Municipal de Cascais e Cáritas de Lisboa, registou o dia dedicado a comunidade guineense em Cascais,27 de Junho de 2015, com um evento que reuniu a comitiva da Embaixada, a expressiva comunidade guineense e outros representantes da organização no Auditório DNA Cascais.
No evento que decorreu por longas horas e com uma extensa resposta presencial da parte da comunidade guineense, mais de duas centenas de pessoas assinaladas pela Cáritas, a Embaixada da Guiné-Bissau, na missão que definiu como solidária e de auxílio à integração, efetuou a entrega de diversos documentos, desde passaportes renovados, cartões consular e outros, numa iniciativa que abrangeu cidadãos guineenses em situações de carência e sem documentação atualizada há vários anos; com alguns casos marcados para o consultório jurídico, até o dia 01 de Julho de 2015.
A expressar-se perante a comunidade, o Chefe da Missão Diplomática em Portugal, Dr. M`Bala Fernandes, começou por agradecer à Câmara Municipal de Cascais, à Cáritas de Lisboa e à própria comunidade guineense, por todo o processo que envolveu este evento que considera de extrema importância para a comunidade guineense em Cascais e para Guiné-Bissau, tendo em conta que a integração de cada cidadão guineense no país de acolhimento, reflete também no auxílio à família na Guiné-Bissau. Dizendo-se satisfeito por ter recebido da Câmara de Cascais, apenas boa referência da comunidade que representa, o que por si só constitui um grande orgulho.
Segundo o dr. Mbala, sabemos o quão difícil pode ser o processo de integração no país de acolhimento, pois a emigração exige um retorno; quando a tendência hoje é escolher destinos ainda mais distantes, apesar de também se registarem expressivos retornos ao país, acto que coincide com aquele que tem sido um constante apelo das autoridades máximas do país, que se traduz em: Aceitemos fazer pelo nosso país, aquilo que fazemos no país dos outros. A nossa missão é representar o estado guineense, querendo com isso dizer que apesar das dificuldades, é importante sentirem essa presença estatal; daí a nossa presença aqui hoje, na possibilidade de contribuirmos para a resolução de tristes e difíceis problemáticas que envolvem os nossos cidadãos, que é a falta de documentação. Dentro do mesmo sentido de estado, a Embaixada tentará acompanhar a situação de toda a sua comunidade, fazendo-se presente sempre que se justifique, tal como apesar das dificuldades, temos gerido algumas actividades, desde visitas prisionais, encontros com a comunidade, capitalização de financiamentos para o país, pesquisas de meios de capacitação para a integração da comunidade guineense em Portugal, entre outras, estando a ser recompensante sentir o feedback da nossa comunidade”. Ainda no seu discurso, o Chefe da Missão exortou aos guineenses munícipes de Cascais, por ser uma comunidade ampla, a criarem uma associação e unirem as suas vozes em defesa de muitas causas, passando a ser uma união de esforços que de certeza será uma mais-valia e um exemplo para os mais jovens, classe que aconselhou a se enveredaram pelos caminhos da educação, referenciando a possibilidade que a Embaixada tem de auxiliar os estudantes guineenses no acesso ao ensino superior, mediante um processo que brevemente se inicia e que no ano passado conseguiu acesso para quase 50 estudantes nas mais variadas universidades portuguesas.
Em representação da Comunidade guineense de Cascais, o Senhor Luís António Pereira, diz-se emocionado e satisfeito com a iniciativa, realçando que é a primeira vez que um representante de estado se dirige a esta comunidade com atenção e um gesto de solidariedade e eficácia que merecemos, não havendo aqui entre nós, um único cidadão guineense que não se sente orgulhoso com este trabalho; Sabemos que ainda há muito por fazer, mas é bom constatar que já se começou de algum lado e que com esta dinâmica, com certeza teremos dias melhores”. Ainda no nome da Comunidade, o Senhor Luís agradeceu aos intervenientes deste processo e agradeceu profundamente à Embaixada da Guiné-Bissau pelo trabalho realizado em prol da comunidade a que pertence.



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