No filme, Flora Gomes condena a percepção cada
vez mais divulgada, de África se ter transformado num enorme gueto,
entregue à violência cíclica, devido à fraqueza das instituições. Embora
reconheça que essa visão possa ter os seus fundamentos, Flora Gomes
quis resguardar a possibilidade da utopia, do sonho...
O filme é de uma grande actualidade, não só em relação ao
continente no seu todo, como em relação à situação específica e actual
na Guiné-Bissau (embora tenha sido rodado em Moçambique). Uma reflexão
recuperando as ideias platónicas de República, entregue à pureza dos
meninos (tal como as nações jovens) em busca de fortalecer a sua
identidade e sua maneira de ser, para que possam amadurecer e tornar-se
homens completos.
Esperemos que a evolução política na Guiné-Bissau possa dar
motivos de orgulho, ou mesmo de inspiração ao cineasta, para um próximo
filme «Fanado», mostrando o caminho da adultez...
http://www.c7nema.net/entrevista/item/38976-entrevista-a-flora-gomes,-o-realizador-de-republica-di-mininus-estreia-maio.html
BRAVO FLORA GOMES É UM ORGULHO PARA TODOS OS GUINEENSES.