Bissau, 03
Mai 16 ( ANG) - Alguns clientes da Empresa de Electricidade e Águas da
Guiné-Bissau consideram de injusto a subida das tarifas da energia eléctrica
anunciada este fim-de-semana, por parte da referida empresa.
Em
consequência dessa subida com cinco mil francos cfa já não se consegue comprar
40 kws como anteriormente mas apenas
28kws.
Numa
auscultação feita hoje pela ANG, a
respeito da subida de taxa de luz, António Mendes, professor, considerou o
procedimento uma injustiça, “porque o governo nem se quer melhorou a situação
salarial dos funcionários”.
António
Mendes acrescentou que para fazer qualquer que seja aumento deve primeiramente
se pensar no poder de compra dos consumidores.
Por sua vez,
Joaninha Té, vendedeira de frutas lamentou
que vai lhe ser difícil conservar os seus produtos, com a subida das
facturas de luz.
Joaninha Té
pede ao governo para colocar o bem comum acima de tudo.
Considerou
“um roubo” esse aumento e defendeu que os preços não devem estar a aumentar de
uma hora para outra.
Armando Na
N´buda, motorista, disse que nos últimos tempos a electricidade tem melhorado e
contribuído de forma satisfatória para o bem do povo guineense mas que não
concorda com o aumento da taxa de luz .
A enfermeira
Marta Soares da Gama disse que a EAGB não deve enveredar por essa via, uma vez
que a situação no país não é das melhores.
"Hoje
em dia todo o serviço precisa de electricidade. Os consumidores nos bairros
também precisam. Assim sendo, antes de fazer algo de injusto deve pensar
bastante para não por em causa a esperança dos guineenses",disse Soares da
Gama.
O repórter
da ANG contactou a direcção da EAGB mas o
director –geral ,Issufo Baldé disse que, assim que houver necessidade de falar,
comunicará à imprensa.
Alegou contudo que é normal o aumento da taxa de
luz, justificando que os preços dos produtos de primeira necessidade também subiram no mercado.
ANG/AALS/SG