Lusa 03 Mai, 2016,
23:49 | Mundo
A União
Europeia indicou hoje que a Guiné Equatorial perdeu com as eleições
presidenciais, realizadas a 24 de abril, a oportunidade de se democratizar,
refere, em comunicado, o Serviço Europeu para a Ação Externa.
"As
eleições na Guiné Equatorial, apesar de terem decorrido de forma ordeira e numa
atmosfera tranquila, foram uma oportunidade perdida para a democratização do
país", considerou a União Europeia, recordando que a campanha eleitoral
"decorreu sem debate sobre questões nacionais".
A União
Europeia lamentou que os candidatos não tenham tido um acesso equitativo à
imprensa pública e aos recursos financeiros e que tenham existido incidentes
contra candidatos da oposição, incluindo o ataque das forças de segurança à
sede de uma partido da oposição.
A
organização indicou também que os resultados eleitorais confirmam a permanência
do chefe de Estado da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, na Presidência, apesar
de ter tornado público que não se candidataria a um novo mandato.
Nas eleições
de 24 de abril, Obiang, que chegou ao poder em 1979 após um golpe de Estado,
obteve 93,7% dos votos, segundo os resultados oficiais definitivos publicado
pela Junta Eleitoral Nacional.
Teodoro
Obiang foi eleito para um novo mandato de sete anos, até 2023.