O Carlos Gomes Jr., na qualidade de Primeiro Ministro tinha o aparelho administrativo do Estado a seu favor e tinha adversários com muitas lacunas : o Kumba Yala que é uma força politica permanente relativa, o malogrado Henrique Rosa que perdeu apoio financeiro desde a queda do Laurent Gbagbo na Costa de Marfim e o Serifo Nhamadjo sem meios financeiros que na realidade participando nas eleições presidências posicionava-se para o próximo congresso do PAIGC.
Desta vez o Carlos Gomes, se for candidato, não vai ter o controlo da maquina partidária, nem da Administração pública e ao contrario do Nino Vieira que incarnou a Guiné durante vários anos, não é uma personagem histórica.
Mas há duas circunstancias agravantes, se o Carlos Gomes for candidato terá que partilhar o eleitorado urbano com candidatos como Hélder Vaz e Paulo Gomes, que fazem parte da historia politica da Guiné por terem desafiado o PAIGC em 1994 durante a abertura democrática assim como o Kumba Yala.
Outra diferença é que Portugal sempre apoio o Movimento de Bafatá e a presença durante vários anos do Hélder Vaz como Diretor Geral da CPLP, não é por acaso.
A outra dificuldade, é a presença do Paulo Gomes que tem meios bastante e um dos africanos mais influentes na comunidade internacional, na sua área de competência, o desenvolvimento económico e a restruturação de Estado.
Dai, passamos dum deserto eleitoral, onde não havia adversário de peso para o Carlos Gomes Jr., a uma situação inversa onde muitas as vantagens que tinha o então Primeiro Ministro, desapareceram, em prol dum oásis de escolha de qualidade para o Povo da Guiné, possibilitando um progressonacional.
Bubacar Seidi
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