quinta-feira, 25 de julho de 2013

ÚLTIMA HORA: CCIA PREPARA MAIS UM GOLPE FINANCEIRO

Sob o pretexto de fazer escoar a castanha ainda existente (?) nas mãos dos agricultores, a Câmara do Comércio Industria e Agricultura, com o beneplácito do Governo de Transição prepara ou ja está a executar um duplo golpe financeiro: auto concede um crédito, praticamente a fundo perdido e; cobra uma taxa de serviço de 30%.

Com a indicação de um desembolso de 2,5 bilhões de Francos CFA, prevê-se que Braima Camará receba um crédito de 850 milhões de Francos CFA e ainda cobre 750 milhões de serviço. Assim, com um financiamento gratuito de 1,6 bilhões, quem é que não seria um empresário de sucesso?

Há dois anos, a fórmula foi outra: usar dinheiro do Fundo para comprar a castanha do Presidente da Câmara a preço superior ao do mercado e assim saldar as dívidas que tinha para com o BAO. Nessa altura, a castanha foi cedida a transformadores locais e se proclamou que todos saíam a ganhar. Será?

E aqui chegamos ao maior abuso desta situação e que é, dizer-se que a medida visa salvar o produtor (leia-se, a população).Se querem mesmo fazer isso, porque não utilizar essa receita extraordinária para fazer os hospitais funcionarem e porem as escolas em condições, ou ainda participar no financiamento das eleições?  E nem serve argumentar que foram os próprios a angariar a verba pois a maior parte foi cobrada de operadores estrangeiros que agora não entram neste “esquema” e a soma arrecadada devia ser do estado Guineense, a favor da população deste país.

Mas, ainda uma grande coincidência: num momento em que Braima Camará objectivamente  perde fulgor na corrida ao Congresso do PAIGC, por incapacidade de competir em pé de igualdade com o Eng.º Domingos Simões Pereira, surge esta “super ideia” de utilizar uma verba arrecadada em 2011 para comprar castanha que em Julho se pretende que ainda esteja em mãos dos camponeses. Querem perceber mais? Peçam a lista dos potenciais beneficiários, a quem ninguém exigiu garantia nem BLs para avaliar historial e competência no sector e então verão que são na maioria pessoas próximas do nosso “grande” empresário.

Esperamos um dia abrir essa caixa de pandora em que se converteu a Câmara do Comércio, para que todos possamos ter ideia das transações que esta instituição tem patrocinado e da transparência dos procedimentos observados.

Até lá, é imperativo e urgente travar de imediato mais este crime. A oferta de quase 2 bilhões de Francos CFA do erário nacional é um crime múltiplo que desvia importantes recursos nacionais a favor de indivíduos e desvirtua todo o processo politico em curso a favor de um só interveniente...