Bissau
– As entidades religiosas da Guiné-Bissau consideram que o país está
doente devido a crise política resultante da demissão do Governo pelo
Presidente da República a 12 de Agosto.
Em declarações à imprensa à saída de um
encontro que este grupo manteve esta quinta-feira 27 de Agosto em Bissau
com a direcção do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e
Cabo Verde (PAIGC), Dom Lampra Cá, Bispo Auxiliar de Bissau e porta-voz
do grupo, disse: “A razão é que o nosso país está um pouco doente,
portanto sentimos este dever como religioso de dar as nossas
contribuições sobre o que é possível fazer e resolver os problemas em
tempo útil”.
Foi neste sentido de Lampra Cá informou que o grupo vai continuar os esforços junto da Presidência da República e do PAIGC na busca urgente de uma solução pacífica do diferendo. “Acho que todas as partes estão com a intenção de pôr um fim à crise porque é o interesse do país que está em causa”, disse.
Interrogado sobre as soluções propostas, Cá afirmou não querer avançar com detalhes, contudo mostra-se optimista quanto a solução do diferendo.
O grupo composto pelos representantes da Igreja Evangélica, Igreja Católica e Muçulmanos tem como objectivo fazer contactos com a direcção do partido na busca de soluções para o problema com menor efeitos adversos, disse ainda Dom Lampra Cá.
O grupo de religiosos esteve reunido esta quarta-feira, 26 de Agosto, com o Presidente da República.