"Neste quadro, urge criar soluções que quebrem este ciclo vicioso podendo
dar à
Guiné-Bissau uma nova fase de paz social. Mais que reforço das
polícias de administração
interna, mais que o reforço das competências
do Exército, mais que colaboração de tropas
internacionais, torna-se
imperativo recriar a ligação da população à sua ideia de nação e ao
Estado, criando mecanismos de regulação do poder político e, acima de
tudo, de
representatividade das instâncias secularmente agregadoras dos
indivíduos.
A criação de uma assembleia consultiva que surgisse de dentro das
instituições que
ao longo dos séculos construíram as diversas
identidades da Guiné poderia afirmar-se
como um patamar fundamental de
recriação de elos entre a população e as suas elites,
contornando toda a
desconfiança e instabilidade que tem reinado em torno de qualquer
processo político guineense.
Nesta assembleia consultiva, que se poderia designar por Senado,
deveriam estar
representados todos os grupos que possibilitam dar à
Guiné a coesão que está para
além dos pequenos ciclos políticos, ou até
mesmo a continuidade em momentos de
revolução."
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