Danos Colaterais
“Ask not what your country can do for you –
ask what you can do for your country” John F Kennedy.
De capacete, colete anti-balas
e luvas ligo o meu laptop. E uma autentica guerra. Eu sou daqueles que le tudo:
leio dedinho (que entretanto meteu baixa ), doka, vou aly, umaro bali, batchi,
hormet, na djimberen, bambaram di apili, intelectuais la fora, 7xe… mas confesso que gosto
mais de gaznot (sim e uma pagina e se actualiza de 2 em 2 anos). No
final de cada jornada contam-se as vitimas. Afinal quem vai a guerra da e leva
mas no caso dos internautas so levam com mentiras e nao sao poucas! Parece que os cerebros de certos bloggers
nem sempre funciona como os do resto da humanidade!
O
Fenomeno
Noutro dia ia algures em
Oxford Circus, metro de Londres, quando deparo com uma senhora de olho inchado
e marcas bem visiveis de violencia do rosto. Numa primeira abordagem soube que
ela era guineense e que vinha do hospital onde o primo se encontra va internado
em coma induzido tambem vitimas das
mentiras da net.
O fenomeno ja ganhou
proporsoes alarmantes. Na minha aldeia, Uacaba, Gabu, desde a chegada de pens
da MTN o enfermeiro Tcherno nao tem tido maos a medir. A porta do Centro de
Saude as filas nao param de aumentar
alguns com ematomas consequencias de fragmentos das mentiras da net. E
de lamentar, no ultimo fim de semana, a morte de duas galinhas atingidas com um
projectile da net.
Intervencao
militar Americana equacionada
Tudo devido a um mal entendido. E que a senhora
(Maria Joao) ao desabafar comigo em crioulo
“bloguistas na mata guineenses ku mintida” nao sabia que a senhora ao
lado era agente da MI6 (secreta britanica) que num apice e recorrendo a um
tradutor do seu gadget entendeu que se
tratava de gente a matarem uns aos outros sabe-se la aonde… rapidamente fomos
conduzidos para interrogatorio na Scotland Yard (quartel general da policia
britanica) onde estava a nossa espera a tradutora/interprete que ha poucos
meses, aquando da deslocacao do Principe Carlos a Papua Nova Guine, teria
colaborado em abortar um suposto
atentado numa conversa interceptada em lingua local. Nao foi dificil concluir
que “namba wan pikinini lebonge misis kwen” quereria dizer number one child
belonging to Mrs Queen (filho mais velho
da rainha, numa traducao livre). So que desta vez ela foi menos feliz na
traducao, pois o conceito “matar” nao implicava necessariamente morte mesmo
assim chegou-se a equacionar uma intervencao militar na internet da Guine. So
faltou mesmo concluir os textos de condenacao
uma vez que os iphone e ipad usam
as cabecas dos utilizadores como escudos humanos e os danos colaterais seriam
inevitaveis. Em alternativa mantem-se a
ideia de uso de bruxos e djambakus ao inves de drones.
Recente
encontro Ramos Horta - Jornalista
O que era suposto ser a
uma conferencia de imprensa do representante da ONU em Bissau acabou numa
verdadeira batalha campal. Tudo porque
alguns editores ainda nao se aperceberam que o Codigo de Indigenato
Colonial (que nao permitia os guineenses irem para alem de 4a classe) ja nao se
usava, no entanto continuam a tentar
passar um certificado de infantilidade mental aos leitores. Nesse
encontro, os profissionais de
(des)informacao ameacaram a abandobar a sala quando o emissario tentou
introduzir os conceitos de “isensao”, “verdade” e “ reputacao” . “Nos nao somos
padres, somos jornalistas” – dizia um deles visivelmente irritado. Mais a diante o caldo se entornou porque num
jeito de pura provocacao o timorense voltou a carga com a historia de “respeito
pelos leitores” ai entao foi a gota de agua que fez transbordar o copo. Eram
cadeiras a voar e gravas em maos alheias –
autentico parlamento ucraniano! Pena e que ele
nem chegou de responder a uma pergunta de jornalista sobre a hipotese de
candidatura de Paulo Portas (lider de uma tribo local) que ameacava retirar-se
as montanhas com o grupo caso STJ nao lhe aceitasse a candidatura.
De capacete, colete anti-balas
e luvas ligo o meu laptop. E uma autentica guerra. Eu sou daqueles que le tudo:
leio dedinho (que entretanto meteu baixa ), douka, vou aly, umaro bali, batchi,
hormet, na djimberen, bambaram di apili, intelectuais la fora, 7xe… mas confesso que gosto
mais de gaznot (sim e uma pagina e se actualiza de 2 em 2 anos). No
final de cada jornada contam-se as vitimas. Afinal quem vai a guerra da e leva
mas no caso dos internautas so levam com mentiras e nao sao poucas! Parece que os cerebros de certos bloggers
nem sempre funciona como os do resto da humanidade!
Email: abdul_say_d@hotmail.com