“Unir o Povo Guineense: Se o presente é de luta, o
futuro nos pertence”
Inconformado com
os já longos 38 anos de uma governação com frouxos resultados, de
empobrecimento, de assassinatos bárbaros, torturas, instauração de um clima de
opressão, medo, ódio, vingança e um retrocesso na concretização dos sonhos do
nosso líder imortal Amílcar Lopes Cabral, um grupo de jovens decide, perante a
actual situação política, económica e social cada vez mais degradante, abrir
uma nova página na História da Guiné-Bissau.
O grupo,
pretende assim, dispôr de um espaço próprio para reclamar a insatisfação da
camada juvenil guineense quanto as más condições em que se encontram os
serviços essenciais da nossa comunidade, como a saúde, a educação e as
infraestruturas.
Assistimos durante
anos, uma farsa de governação, uma corrida desenfreada ao poder, cujos eixos se
assentam num egoísmo exacerbado.
Viu-se e vê-se à olho
nu, a implementação de um sistema de governação virado para a salvaguarda de
interesses individuais e elitistas, uma delapidação total da economia e dos
bens públicos.
Por estas e outras
várias razões que aqui não podemos citar, assumimos desde já esta luta em prol
do povo sofredor e mártir, em prol do nosso futuro e dos nossos filhos e
daqueles que não tiveram a oportunidade de ir a escola, dos jovens, das
mulheres, de todos os injustiçados, enfim, de todos os cidadãos guineenses
residentes no País ou na diáspora, sem distinção da cor, raça, grupo étnico ou
religião, e de todos os interessados no desenvolvimento deste belo e amável
País.
A gloriosa História Contemporânea do nosso País
ensina-nos que, em meados da década 60, o nosso líder imortal, Amílcar Lopes
Cabral, com um grupo de colegas da geração ( com idades entre 15 a 32 anos) ,
deram a sua vida por uma causa justa e nobre, através de uma revolução que deu
azo a este solo pátrio e a esta
cidadania, a esta guineendade conquistada com suor e sangue de patriotas que
souberam viver o seu tempo com muita dignidade, tudo por amor à este povo.
Também hoje, chegou a
nossa vez, a vez da juventude guineense de dizer basta à contemplação e,
consequentemente, lançar e abraçar este desafio de comprometimento com aquilo
que é nosso, e em relação ao qual temos o dever de assumir, desenvolver e
disponibilizar para o bem-estar das nossas populações, por amor à este povo e à
esta pátria.
Nós jóvens, somos a
maioria, somos a força, somos a vitalidade da Pátria, somos a Democracia. Porque
é assim mesmo, então digamos: basta à passividade, à inércia, à retirada (nha
boca ca stala) e vamos em frente, mudemos o sistema, ganhemos a democracia,
ganhemos o desenvolvimento e o bem-estar do nosso povo.
A vitória está do nosso lado, porque a razão é
nossa.
ÊS
I DI NOS!