Entre
os varios desejos expressos pelo eleitorado nas ùltimas eleições,
é a vontade de modernidade que foi mais gritante.
A
modernidade é uma mudança do modo de regulação da reprodução
social baseada numa transformação do sentido temporal da
legitimidade organizada pela racionalidade das interrelações
entre factores que compoem a legitimidade. O futuro na modernidade
substitui o passado e racionalisa o julgamento da acção associado
ao homem.
A
modernidade aparce como a possibilidade politica de mudar regras do
funcionamento da vida social, alimentando-se do conjunto das
condições historicas e materias que permitem de pensar a
emancipação em relação as tradições, as doctrinas ou das
ideologias predeterminadas.
O
slogan de campanha « No muda Rumo » do Dr. Paulo Gomes,
terceiro candidado mais votado nas ultimas eleições presidências
tinha sentido e demonstrava uma aspiração profunda do Guineense.
Num
contexto de bipolarização da vida politica, o PAIGC venceu as
eleições Presidências porque apresentava mais sinais de
modernidade em relação ao PRS.
Afinal
o que devemos mudar na Guiné ?
Devemos
mudar : a mentalidade do Guineense, o modo do funcionamento do
Estado. Redefinir o modelo de elevador social apostando no
conhecimento e não a força ou a bravura « matchundadi ».
Para
tal é preciso mudar/inverter as cadeas de valores das pessoas
chamadas a cargos publicos, rever os componentes da legitimidades
das superestruturas (Partidos politicos, Sociedade Civil, Forças de
Defesa e Segurança, Sistema Judicial) que regem a sociedade
Guineense e por no centro das acções pùblicas a Etíca.
Modernizar
a Guiné, é ter os melhores quadros da Guiné na Administração
e criar um sistema administrativo eficiente e imparcial ao serviço
dos Guineenses.
Modernizar
a Guiné, é fazer com que haja mais Guineenses « Cidadão »
do que Guineenses « Povo ».
Modernizar
a Guiné, é criar mais riquezas e mais oportunidades para que o
Guineense torna-se cidadão do mundo globalizado ou seja não
dependente para viver do Estado ou dos circulos tradicionais de
solidariedade « si tem pa um som, i pabia i tem pa tudo ».
Modernizar
a Guiné, é passar dum sistema constitucional semi-presidencial
(conflituoso no caso da Guiné) a um sistema presidencial defendido
pela Dr. Carmelita Pires durante a campanha eleitoral.
Modernizar
a Guiné, é criar um estatuto constitucional para o Chefe da
Oposição, criar condições
para dar espaços de expressão
às pessoas que defendem o modernismo no xadrez politico Guineense.
Modernizar
a Guiné, é fazer com que o cargo de Ministro seja o coroamente de
uma careira rica e respeitada e não uma recompensa partidaria,
familiar ou simplesmente uma questão de « djanta ku sia ».
Modernizar
a Guiné, é reabilitar com coragem pessoas que numa determinada
altura da historia da Guiné, ofreceram o melhor que tinham para dar
ao nosso Pais : Nino Vieira durante a Guerra colonial, Kumba
Yala durante a abertura democratica.
Pedro Té