A capital de
Timor-Leste, Díli, já entrou na recta final dos preparativos da X
Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a ter lugar
na próxima quarta-feira, evento que marca a passagem da presidência
rotativa da organização de Moçambique para o país anfitrião, que terá a
missão de dirigir os seus destinos durante os próximos dois anos.
Para o efeito, é esperado na próxima terça-feira, em Díli, o Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, que para além de participar naquele evento magno da CPLP, tem agendado alguns encontros com as autoridades locais e com a comunidade moçambicana residente em Timor-Leste.
Segundo o programa distribuído à imprensa moçambicana pelo Gabinete da Presidência da República, Guebuza desembarca na capital maubere as 14:20 horas locais (07:20 horas de Maputo), devendo, momentos depois, reunir-se com a delegação moçambicana que participa na Cimeira e, de seguida, manter um encontro de cortesia com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão.
No mesmo dia, o estadista moçambicano deverá participar na cerimónia de inauguração da Ponte da CPLP, uma infra-estrutura recentemente construída na principal via e que liga o aeroporto ao centro da cidade, e, pelas 19:30 horas, tomar parte no Banquete de Estado, por ocasião do evento.
A quarta-feira será um dia reservado aos trabalhos da Cimeira que vai decorrer sob o lema CPLP e a Globalização, durante a qual o estadista moçambicano deverá passar o testemunho da presidência a Timor-Leste.
Na manhã de quinta-feira, Guebuza tem agendado um encontro de cortesia com o seu homólogo do Timor-Leste, Taur Matan Ruak, e com o antigo Primeiro-Ministro e Secretário-Geral da FRETILIN, Mari Alkatiri.
Esta X Cimeira deverá ficar marcada pela admissão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da organização e pelo regresso da Guiné-Bissau, que se encontrava suspensa na sequência do golpe de estado ocorrido em 2012.
No mesmo dia, o Presidente da República reúne-se com a comunidade moçambicana residente neste país, para depois conceder uma conferência de imprensa aos jornalistas que o acompanham nesta Cimeira, antes de deixar Díli, a tarde, de regresso a Maputo.
Entretanto, na capital timorense continuam a decorrer os preparativos da Cimeira, tanto em relação aos programas de carácter oficial como também às actividades paralelas ao evento.
Aliás, a preparação da Cimeira incluiu encontros de Pontos Focais da Cooperação, do Grupo Técnico do Comité de Concertação Permanente, que antecedem a reunião dos Embaixadores da CPLP agendada para segunda-feira.
Na terça-feira terá lugar a reunião do Conselho de Ministros da organização, que vai debater as propostas finais nos vários domínios a serem submetidos à Conferencia dos Chefes de Estado e de Governo.
No que concerne as actividades paralelas destaca-se as feiras de artesanato e do livro, esta última a ser visitada pelos Chefes de Estado e de Governo participantes na Cimeira.
Timor-Leste pretende que seja uma montra da realidade cultural do país, que, a semelhança de Moçambique, viveu sob colonização do então regime fascista português até 1975, antes da sua invasão e ocupação pela vizinha Indonésia.
A realização da Cimeira da CPLP em Timor-Leste é vista como um incentivo para a promoção da língua portuguesa no país. Apesar de o português ser uma língua oficial, juntamente com o tétum, é falada apenas por 25 por cento dos timorenses, segundo estatísticas de 2010. A língua mais falada no país é o tétum, seguindo-se o bahasa.
Durante a estadia em Díli, AIM constatou que são muitos os desafios para a divulgação da língua portuguesa, que, por sinal, é o principal alicerce da integração dos países e povos pertencentes a CPLP, em todos os seus domínios.
Nas ruas, estabelecimentos comerciais e locais de lazer pouco se ouve falar o português, até mesmo a comunicação com as populações locais através destra língua tem sido difícil, sendo necessário o recurso a linguagem gestual.
Alguns residentes de Díli têm manifestado muita simpatia para com os moçambicanos, o que pode ser explicado pelo facto de Moçambique ter servido de retaguarda dos nacionalistas da FRETILIN durante os anos de resistência contra os invasores indonésios.
Criada a 17 de Julho de 1996, a CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. O Timor Leste foi admitido na CPLP em 2002, depois do fim da ocupação da Indonésia.
Por Damião Trape em Dili.
Para o efeito, é esperado na próxima terça-feira, em Díli, o Chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, que para além de participar naquele evento magno da CPLP, tem agendado alguns encontros com as autoridades locais e com a comunidade moçambicana residente em Timor-Leste.
Segundo o programa distribuído à imprensa moçambicana pelo Gabinete da Presidência da República, Guebuza desembarca na capital maubere as 14:20 horas locais (07:20 horas de Maputo), devendo, momentos depois, reunir-se com a delegação moçambicana que participa na Cimeira e, de seguida, manter um encontro de cortesia com o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão.
No mesmo dia, o estadista moçambicano deverá participar na cerimónia de inauguração da Ponte da CPLP, uma infra-estrutura recentemente construída na principal via e que liga o aeroporto ao centro da cidade, e, pelas 19:30 horas, tomar parte no Banquete de Estado, por ocasião do evento.
A quarta-feira será um dia reservado aos trabalhos da Cimeira que vai decorrer sob o lema CPLP e a Globalização, durante a qual o estadista moçambicano deverá passar o testemunho da presidência a Timor-Leste.
Na manhã de quinta-feira, Guebuza tem agendado um encontro de cortesia com o seu homólogo do Timor-Leste, Taur Matan Ruak, e com o antigo Primeiro-Ministro e Secretário-Geral da FRETILIN, Mari Alkatiri.
Esta X Cimeira deverá ficar marcada pela admissão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da organização e pelo regresso da Guiné-Bissau, que se encontrava suspensa na sequência do golpe de estado ocorrido em 2012.
No mesmo dia, o Presidente da República reúne-se com a comunidade moçambicana residente neste país, para depois conceder uma conferência de imprensa aos jornalistas que o acompanham nesta Cimeira, antes de deixar Díli, a tarde, de regresso a Maputo.
Entretanto, na capital timorense continuam a decorrer os preparativos da Cimeira, tanto em relação aos programas de carácter oficial como também às actividades paralelas ao evento.
Aliás, a preparação da Cimeira incluiu encontros de Pontos Focais da Cooperação, do Grupo Técnico do Comité de Concertação Permanente, que antecedem a reunião dos Embaixadores da CPLP agendada para segunda-feira.
Na terça-feira terá lugar a reunião do Conselho de Ministros da organização, que vai debater as propostas finais nos vários domínios a serem submetidos à Conferencia dos Chefes de Estado e de Governo.
No que concerne as actividades paralelas destaca-se as feiras de artesanato e do livro, esta última a ser visitada pelos Chefes de Estado e de Governo participantes na Cimeira.
Timor-Leste pretende que seja uma montra da realidade cultural do país, que, a semelhança de Moçambique, viveu sob colonização do então regime fascista português até 1975, antes da sua invasão e ocupação pela vizinha Indonésia.
A realização da Cimeira da CPLP em Timor-Leste é vista como um incentivo para a promoção da língua portuguesa no país. Apesar de o português ser uma língua oficial, juntamente com o tétum, é falada apenas por 25 por cento dos timorenses, segundo estatísticas de 2010. A língua mais falada no país é o tétum, seguindo-se o bahasa.
Durante a estadia em Díli, AIM constatou que são muitos os desafios para a divulgação da língua portuguesa, que, por sinal, é o principal alicerce da integração dos países e povos pertencentes a CPLP, em todos os seus domínios.
Nas ruas, estabelecimentos comerciais e locais de lazer pouco se ouve falar o português, até mesmo a comunicação com as populações locais através destra língua tem sido difícil, sendo necessário o recurso a linguagem gestual.
Alguns residentes de Díli têm manifestado muita simpatia para com os moçambicanos, o que pode ser explicado pelo facto de Moçambique ter servido de retaguarda dos nacionalistas da FRETILIN durante os anos de resistência contra os invasores indonésios.
Criada a 17 de Julho de 1996, a CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. O Timor Leste foi admitido na CPLP em 2002, depois do fim da ocupação da Indonésia.
Por Damião Trape em Dili.