"É a
mais significativa mudança na política dos EUA em relação a Cuba, nos últimos
50 anos". Foi assim que Barack Obama definiu, esta quarta-feira, a mudança
nas relações entre os dois países. Numa declaração ao país, o presidente
norte-americano afirmou que o embargo é uma política ultrapassada e que não
trouxe resultados.
Obama
confirmou que os EUA vão abrir uma embaixada em Cuba, aliviar as restrições
económicas do país e permitir a cidadãos americanos que viajem para a ilha dos
irmãos Castro, num "novo capítulo" da história dos dos países.O presidente norte-americano disse ainda que ia propor ao Congresso o levantamento total do embargo ao país, num discurso simultâneo com o realizado por Raúl Castro, a partir de Havana.
"Estamos
a fazer estas mudanças, porque é a atitude certa. Hoje, a América escolheu
livrar-se das amarras do passado para chegar a um futuro melhor, para os
cubanos, para os americanos, para a nosso hemisfério e para o Mundo",
considerou Obama no seu discurso.
Barack Obama
agradeceu ainda o apoio do Canadá e do Papa Francisco pela ajuda prestada nas
negociações, que duraram 18 meses.
A libertação
do prisioneiro norte-americano Alan Gross, esta quarta-feira, foi início do
processo de reaproximação dos EUA e Cuba.