O Ministro da Economia e Finanças e Ordenador Nacional do Fundo Europeu de Desenvolvimento,
Dr. Geraldo Martins, rubricou hoje em Bissau a decisão da União Europeia de garantir um melhor acesso aos cuidados básicos de saúde para as mulheres grávidas e para as crianças de menos de 5 anos nas regiões de Quinara, Tombali, Bafatá, Bijagós e no Sector Autónomo de Bissau.
O programa UE-SAÚDE, financiado pela União Europeia num montante de 5,25 mil milhões de Francos CFA (8 milhões de euros), garantirá durante 27 meses a disponibilidade de medicamentos nos centros de saúde e facilitará o trabalho diário dos profissionais de saúde, melhorando a formação e permitindo o fornecimento de equipamentos, bem como o acesso a água e energia eléctrica de fonte renovável (energia solar) de 50 centros de saúde.
De acordo com a política de cooperação da União Europeia na área da saúde, UE-SAÚDE contribuirá para o acesso universal a cuidados de saúde de qualidade na Guiné-Bissau. Tendo em conta que mais de metade dos cidadãos guineenses vivem a mais de 5 km dum centro de saúde, UE-SAÚDE inclui a formação em cuidados básicos de membros das comunidades das tabancas mais remotas para atender às necessidades imediatas das mulheres e crianças. As consultas com profissionais de saúde e o fornecimento de medicamentos essenciais também estarão disponíveis gratuitamente.
Por ocasião da assinatura de hoje, o Sr. Hannes Hauser, Encarregado de Negócios a.i. da Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau, assinala: "Muitas vezes a gravidez e o parto representam um risco para as mulheres da Guiné-Bissau, e muitas crianças sofrem os efeitos da falta de cuidados. UE-SAÚDE reflecte o nosso compromisso contínuo em prol do povo da Guiné-Bissau para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. Com uma melhor protecção das mulheres e das crianças, um acesso mais fácil e certo aos cuidados de saúde, a União Europeia tenciona promover uma mudança real nas condições de vida das gerações presentes e futuras da Guiné-Bissau. "
A situação da saúde da Guiné-Bissau é caracterizada pela persistência de altas taxas de mortalidade, especialmente da mãe e filho. Menos de 50% dos partos acontecem em estruturas adequadas e apenas uma em cada três crianças menores de 5 anos que vivem em áreas rurais recebe antibióticos em caso de suspeita de pneumonia. Embora o novo Governo tenha dado a devida importância ao apoio ao desenvolvimento do seu capital humano e decidido a gratuitidade das consultas das mulheres grávidas e das crianças, os custos dos medicamentos e de transporte representam uma barreira económica para o acesso aos cuidados de saúde.
UE-SAÚDE irá completar as intervenções já em curso do Programa integrado para a redução da mortalidade materna e infantil (PIMI), que iniciou em 2013 nas regiões de Cacheu, Biombo, Oio, Farim e Gabú. Através destes dois programas, a União Europeia quer contribuir de maneira significativa para melhoria da saúde das mulheres e crianças de todo o território nacional, em estrita sintonia com os planos de desenvolvimento do Governo democraticamente eleito da Guiné-Bissau.