Como todos sabem, a pequenez do
nosso meio social é de tal ordem, que não tardei em aperceber-me da verdadeira
identidade da personagem que se esconde por detrás do pseudónimo Ilídio Vieira
Té, o que me leva a seguinte pergunta:
Se, implicitamente, no seu douto
texto, reconhece o exercício da democracia no nosso país, quando afirma que
elege, por que razão ainda se refugia atrás de pseudónimos para vilipendiar e
caluniar outros com falsidades? Ainda que com alguma dificuldade, se reconheça,
numa espécie de mea culpa, que não é
da sua vontade exigir a demissão do ministro da energia, não hesitou, contudo,
em transpô-la despudoradamente para o papel.
Aqui sim, as intenções são bem
terrenas e calculistas. Até porque, e obedecendo a uma estratégia diabólica, estas
intenções, já tinham sido veiculadas num programa radiofónico, para que em
crescendo ganhem a dimensão e ruídos tão grandes, se possam depois consolidar
em facto político. E a tradução é simples, tornar o secretário-geral do PRS e
ministro da energia, num bode expiatório das desgraças que o ainda défice de
energia causa às populações de Bissau.
Para seu governo, tomo a
liberdade de lhe informar que nos quarenta de existência do Estado guineense nenhum
outro governante fez tanto para a energia na cidade de Bissau, o que aliás, se
acabará por verificar a breve trecho, se Deus quiser. E por isso uma outra
pergunta se impõe:
O que é que os crónicos problemas
existentes numa empresa como EAGB, com os quais a nova administração trava uma
luta hercúlea quotidiana, tem a ver com a eventual demissão de um ministro. Meu
caro Ilídio, isso, que advoga, seria, sim, um acto de cobardia e de fuga de
responsabilidades. Do pouco que ainda conheço, do Dr. Florentino Mendes
Pereira, pode ficar descansado, e já agora afiance também os seus estimados
leitores, de que este nunca fugiu a uma luta, e muito menos esta de trazer
energia e água a todos os lares da Guiné-Bissau.
Bissau, 19 de dezembro de 2014
Victor Gomes Pereira
Porta-voz do PRS