segunda-feira, 23 de maio de 2016

A GUINÉ-BISSAU NÃO É UM NARCO ESTADO

Bissau, 23 Mai. 16 (ANG) – “Apesar de a África de Oeste servir de uma plataforma de circulação da droga de América Latina para a Europa,  a Guiné-Bissau não é um narco-Estado”.

Esta afirmação foi feita hoje em Bissau, pelo Inspector da Polícia Judiciária Portuguesa, Edgar Ribeiro, durante o primeiro dia da formação dos actores guineenses do sistema da justiça criminal, sobre os meios especiais para a obtenção de provas, no domínio da luta contra o tráfico da drogas.

Edgar Ribeiro defende esta tese,  fundamentando que a economia guineense “não vive da produção e venda de estupefacientes”, não obstante o seu território e de outros países da sub-região da Costa Ocidental de África serem usados para esta actividade criminosa.

Por sua vez, o Representante Residente do Escritório da Nações Unidas de Luta Contra o Tráfico de drogas e Crime Organizado (ONUDC ),Mário Maia Moreira afirmou que o objectivo deste curso, de cinco dias, é de apoiar aos actores do sistema da justiça criminal na prevenção e repreensão contra o tráfico das drogas.

Sobre as possibilidades de acções terroristas ocorrerem no país,  Maia Moreia afirma que a Guiné-Bissau não é  um país de risco. Contudo, recomenda medidas de  “prevenção”, para que a mesma não venha a constituir um lugar de refúgio ou de apoio as organizações terroristas.

Este perito da ONU que realçou o desempenho das autoridades na luta contra a criminalidade, assegurou que, em termos de equipamentos, as condições das estruturas judiciárias guineenses melhoraram, e cita, entre outros, o exemplo do Laboratório de Análise de Drogas.

O seminário termina  sexta-feira, é financiado pelos Estados Unidos de América, em parceria com a ONUDC, está a ser ministrado por dois especialistas  da Policia judiciária portuguesa e pelo antigo Procurador-geral da República, Hermenegildo Pereira,

Nele tomam parte representantes da Polícia Judiciária, das Magistraturas do Ministério Público e Judicial, dos Serviços de Informação do Estado ( Celula de luta contra o Branqueamento de Capitais e Crime Organizado) e da Polícia Ordem Pública.