Após decisões similares de outros órgãos e da Comissão Nacional Preparatória do VIII Congresso, agora foi a vez do CNJ deliberar a anulação e consequente repetição das Conferências na Região de Biombo. É a quarta vez que tal acontece e sempre pelas mesmas razões. O resultado não agrada! Da última vez, a CNP homologou a lista e marcou a data de realização da Conferência. Tanto o supervisor do Partido como o Coordenador da Subcomissão da Organização e Protocolo comprovaram a legalidade do ato. Pouco importa. Há que anular porque venceu o candidato do projeto do Eng.º Domingos Simões Pereira. Aliás o próprio Comandante Manuel Saturnino havia prometido “mostrar ao Humberto Có que ele não manda em Biombo”. Está visto. Mandam os outros, os que pagam... e por isso vai ter de se repetir, talvez até que ganhe aquele que eles querem, mesmo contra a vontade da população local e dos delegados das secções e sectores do PAIGC.
Mais difícil parece ser tomar a mesma decisão sobre Gabú e Bafatá. Lá onde ninguém conhece a lista oficial dos Delegados e não se controla a entrada; lá onde o deputado Djana pode agredir um apoiante de outra lista simplesmente por exigir a leitura de uma diretiva do partido; lá onde não houve votação e se reconheceu a inexistência de condições para prosseguir o ato. Ou ainda em Bafatá, onde se levou 4 dias a negociar e mesmo assim nenhum consenso sobre o método de votação; porque urna é considerada favorável ao Engenheiro; onde esquadrões foram requisitados para ameaçar, intimidar e agredir; onde inclusive se registou uma queixa do Secretário Nacional dando conta das agressões de que foi vitima pessoal e direta.
Afinal o que se quer? Simplesmente matar o PAIGC, ou há algo mais? Ou será que a onda da compra de consciência também já chegou ao nível dos decisores do partido?
O que vale é que os militantes e o povo em geral seguem atentamente o desenrolar deste filme de terror e se reservam para o momento da verdade...
Força Engenheiro. Se Cabral fosse vivo teria muito orgulho da sua luta e dos seus valores. Até Cacheu e o futuro a partir daí.