segunda-feira, 11 de novembro de 2013

OPINIÃO: QUE PAIGC PARA OS MILITANTES E PARA O PAÍS E, QUE LÍDER PARA O PARTIDO ???

O país e os guineenses têm sentido e reclamado o retorno do PAIGC à ribalta da política interna e ao controlo dos destinos do país. Tanto os demais atores internos como a comunidade internacional, todos reconhecem de uma ou de outra forma que a fragilidade do PAIGC não é um contributo positivo para o retorno à normalidade e para se trilhar os caminhos que ainda se estendem à nossa frente.

É contudo nesse preciso momento que se assiste a situações que podiam simplesmente entristecer não fossem poder representar o princípio do fim.

Todos já estarão cientes de que o Congresso do PAIGC é o culminar de uma série de reuniões preparatórias - Assembleias de Base, Conferências de secção, de Sector e de Região. Os delegados vão sendo subsequentemente e gradualmente eleitos, concomitantemente com as comissões políticas e respetivas direções.

Ora, após um longo e difícil processo para se consumar a eleição dos Delegados para as Conferências Regionais, a Direção Superior do Partido e a Comissão Nacional Preparatória decidem aprovar orientações para a boa condução destas, de que resultou o seguinte: permitir a votação “braço no ar” só em caso de existência de lista solidária ou lista única consensualizada. Caso houverem listas concorrentes, proceder à votação pelas urnas. Eis que uma candidatura se insurge a contestar a votação nas urnas e a aterrorizar tudo e todos a favor do “braço no ar”. Exatamente aquela que se autointitula de «Democrática e inclusiva».

Será preciso mais para se perceber que há aqui alguém desenquadrado? Assumir que se andou a distribuir dinheiro e que por isso se exige “o cumprimento do acordado” ultrapassa o que achávamos possível e, não parece que possamos ficar só pelo lamento. Falando claro, até aonde quer ir o Braima Camará com esta onda de corrupção, dominação e manipulação? Em nome do partido de Cabral e do país que é de todos nós, é preciso parar isso!

Numa altura em que os demais candidatos, conhecedores do partido e comprometidos com os seus valores mais nobres e dignos, colocam o partido em primeiro lugar; fazem o jogo respeitando a dignidade das pessoas, e aguardam nos respetivos espaços políticos a escolha livre dos militantes; Braima Camara viaja incessantemente a todas as Regiões, distribui Vacas e dinheiro, instrui os apoiantes no sentido de perturbarem o processo recusando uma instrução superior que visa simplesmente dar transparência ao processo, credibilizar e mesmo legalizar o ato.

Quem não entendeu isso, será que entende mais alguma coisa? E se não entende será que pode merecer tudo o resto?

É do PAIGC e do nosso país que se trata!
Manuel Fonseca (Militante de 1º hora)