segunda-feira, 11 de agosto de 2014
FALSO ALARME: AUTORIDADES CABOVERDIANAS DESCARTAM SUSPEITA DE ÉBOLA NUMA PASSAGEIRA QUE VIAJAVA PARA BISSAU NO VOO DA COMPANHIA ROYAL AIR MARROCOS.
As autoridades sanitárias na cidade da Praia descartaram, domingo, a possibilidade de infeção pelo vírus de ébola numa passageira que viajava num avião da Royal Air Maroc (RAM) com destino à Guiné-Bissau, e que fez escala na capital cabo-verdiana.
O delegado de Saúde da Praia, Domingos Teixeira, disse à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress) que a informação inicial que levou à intervenção das autoridades sanitárias foi dada pelo comandante do voo da RAM que alertou a empresa cabo-verdiana de aeroportos e segurança aérea (ASA) que tinha a bordo alguém com sintomas semelhantes aos de ébola.
Segundo o médico responsável pela estrutura de saúde na capital cabo-verdiana, o voo vinha de Marrocos com destino a Guiné-Bissau e com escala no Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na cidade da Praia.
Dado o alerta, as autoridades de saúde entraram em ação e, depois de examinarem a senhora, que realmente estava com febre, descartaram de imediato a suspeita de estar infetada pelo vírus de ébola.
Para descartar essa hipótese, Domingos Teixeira explicou que as autoridades sanitárias se basearam em pormenores como a origem do voo (Marrocos), os locais onde a pessoa esteve no último mês e que não incluía nenhum país afetado pelo vírus.
O delegado de Saúde na Praia adiantou que, apesar de não se ter confirmado nenhum caso de ébola, a Polícia cabo-verdiana, nas fronteiras, vai continuar a trabalhar em parceria com os agentes sanitários, fazendo despistagem em todos os voos provenientes de África.
Domingos Teixeira explicou que, com o alerta a nível nacional e internacional, a partir de agora, vão surgir sempre casos suspeitos, tendo em conta que Cabo Verde tem ligações áreas e marítimas com a África Ocidental.
De acordo com os últimos dados oficiais, divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após sete meses, o surto de ébola que provoca a febre hemorrágica infetou mil e 711 pessoas e causou morte a 339 na Guiné-Conakry, 233 na Serra Leoa, 156 na Libéria e um na Nigéria.