quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

OPINIÃO: PRESPECTIVAS DE CONHECIMENTO ECONÓMIO VERSUS DESCONHECIMENTO ECONÓMICO E POLITICO

Política é um conjunto de compromissos, e conflitos de interesse que guiam uma sociedade, seja ela democrática ou não. No entanto a perspectiva do crescimento econômico de qualquer sociedade passa pela estabilidade política duradoura, abertas as discussões de ideias/conhecimentos de assunto de variadas ordens.
Passado da Guiné-Bissau é um assunto que se esgota em discussões e conflitos, com isso associam-se décadas improdutivas e de esperanças mortas, contudo formaram-se quadros competentes ou não que buscam dar sentido aos perfeitos desígnios da sociedade.
Estes Atores falharam? Este julgamento fica reservado a cada leitor.
Falar do presente é reacender a esperança e oferecer oportunidade para fazer o diferente.
A economia busca respostas às questões de escassez e incentivo ao consumo, tendo em conta que os desejos de consumo são ilimitados e os produtos são limitados.
No passado aprendi um conceito bem interessante que me leva a refletir em direção a minha terra, ou melhor, a nossa terra.
O renomado professor PhD, Alexssandro Broedel Lopes, no qual tive privilégio de ser o aluno no programa de pós-graduação e mestrado na Fucape Business School, em uma das suas aulas utilizou esta citação que eu considero memorável e intrigante naquela altura.
“Um país não civilizado economicamente é aquele que não tem domínio sobre a natureza”.
Este choque de realidade me leva a crer que a minha sociedade ou a sociedade na qual eu pertenço não é civilizada economicamente.
Comecei a fazer seguintes indagações baseadas em evidências:
1.      A sociedade civilizada economicamente é aquela politicamente estável;
2.      É aquela que sabe utilizar o conhecimento do seu capital intelectual e tecnológico em produtos e serviços (que transforma).
3.      Sociedade que valoriza o conhecimento na sua plenitude;
4.      Incentiva os profissionais com conhecimentos deficientes a superarem os seus limites;
5.      Aquela que incentiva a competitividade baseada em resultados;
6.      Aquela que gera recursos e distribui para a sociedade (empregabilidade);
7.      A sociedade onde os contratos tem proteção legal;
8.      O nepotismo e a corrupção se encontram em níveis controláveis;
9.      Autonomia dos poderes legislativos e judiciários (onde a assembleia cria leis que protege a soberania e os contratos e o poder judiciário julga e puni os infratores com isenção);
10.  Onde forças armadas e de segurança protegem a soberania, são parceiros da sociedade civil, e respeitada por este papel tão importante.
11.  Onde a liberdade de imprensa é respeitada;
12.   Onde a educação é pátio de construção de conhecimento que incentiva a formação de pensamentos críticos que provoca discussões aberta, franco e verdadeiro.
13.  Erradicação de violência de todas as ordens (quando se refere a violência vincula-se somente aos assassinatos, mas existem outras formas de violência tão brutal quanto: Violência doméstica, violência contra crianças e idosos e a humilhação.
Desconhecimento Econômico e Político
O Conflito
Nos últimos dias Bissau foi palco de “calientes” conflitos institucionais, um ato normal no ambiente democrático, onde as acusações aparecem e as dúvidas surgem e dissipam. Por este motivo, a democracia é fantástica porque proporciona ambiente desta natureza a que leva a um julgamento mais detalhado por parte dos tribunais com base nas evidências.
Toda vez que o processo é julgado com isenção, reforça o amadurecimento das instituições e renova a confiança social de não impunidade.
Estes atitudes legais são oportunidades ímpares de incentivo aos investimentos aos olhos dos investidores, cria sentimento de estabilidade política e de proteção legal de propriedade.
A recolha de imposto é uma prática antiga, não existe desenvolvimento sem pagamento de impostos, e não basta recolher imposto ou obrigar a sociedade a fazê-lo sem definir uma política clara de arrecadação e seu investimento nos projetos de infraestrutura social e econômica.
Voltando ao tema “Um país não civilizado economicamente é aquele que não tem domínio sobre a natureza” levanta questões importantes sobre Guiné-Bissau:
§  Quais os fatores que nos levaram a esta posição?
§  O que pode ser feito em busca de uma civilização econômica duradoura?
§  O que esta sendo feito no momento?
§  O que você leitor faz ou ajuda para mudar este cenário?
§  Será que conhecemos o nosso principal atividade econômica?
§  De que forma a concessão de exploração de propriedade é feito no passado e no presente?
§  Devemos melhorar a nossa visão crítica em relação ao futuro ou desta forma esta legal?
Se conseguirmos refletir de forma diferente e tentar responder as questões levantadas já é um passo importante rumo à melhoria da perspectiva do crescimento econômico (aumenta a nossa vantagem competitiva em relação ao passado). Segundo Martin Luther King Jr. não adianta querer mudança se pensarmos como os nossos inimigos, a mudança desejada tem que ser um divisor de águas.
Cada cidadão guineense, independente da sua titulação e condição social tem que desempenhar sua função com zelo, dedicação, esperança e motivação. Procurar sempre ser o melhor no que faz e abdicar de qualquer atitude violenta ou imoral como foi mencionado no tópico 13.
Críticas são combustíveis para mudanças democráticas, devem ser melhoradas e aperfeiçoadas de forma a contribuir para o crescimento sustentável, “ipsis litteris” para o comportamento social.
Houve indícios de melhorias de comportamento econômico e político, mas é incipiente para se fazer uma análise gráfica e temporal dos resultados, lembrando que qualquer transformação requer uma dose elevada do conhecimento e de preparação dos agentes (Estratégico tático e operacional).
Guiné-Bissau e seu povo precisam envolver-se mutuamente em todos os sectores da vida política econômica e social. Mudança de paradigmas leva tempo, exemplo real é a preparação de uma criança até a fase adulta onde forma sua opinião política e social com base em troca de conhecimento com tudo aquilo que os rodeia.
A recuperação dos valores perdidos ou roubados em função de tempos ociosas requer suporte da educação básica na formação do novo caráter do cidadão guineense preparado para os novos tempos.
Seja diferente.
Cordialmente
Prof. Mestre Patrício Baionco Mindelo Biaguê
Auditor Financeiro e pesquisador.
Coordenador do Curso de Ciências Contábeis: Faculdade Católica Salesiana de ES
Contato para:
Palestras, workshop e consultorias administrativa e econômica.
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