Política é um conjunto de
compromissos, e conflitos de interesse que guiam uma sociedade, seja ela
democrática ou não. No entanto a perspectiva do crescimento econômico de
qualquer sociedade passa pela estabilidade política duradoura, abertas as
discussões de ideias/conhecimentos de assunto de variadas ordens.
Passado da
Guiné-Bissau é um assunto que se esgota em discussões e conflitos, com isso
associam-se décadas improdutivas e de esperanças mortas, contudo formaram-se
quadros competentes ou não que buscam dar sentido aos perfeitos desígnios da
sociedade.
Estes
Atores falharam? Este julgamento fica reservado a cada leitor.
Falar do presente é
reacender a esperança e oferecer oportunidade para fazer o diferente.
A economia busca
respostas às questões de escassez e incentivo ao consumo, tendo em conta que os
desejos de consumo são ilimitados e os produtos são limitados.
No
passado aprendi um conceito bem interessante que me leva a refletir em direção
a minha terra, ou melhor, a nossa terra.
O
renomado professor PhD, Alexssandro Broedel Lopes, no qual tive privilégio de
ser o aluno no programa de pós-graduação e mestrado na Fucape Business School,
em uma das suas aulas utilizou esta citação que eu considero memorável e
intrigante naquela altura.
“Um país
não civilizado economicamente é aquele que não tem domínio sobre a natureza”.
Este choque
de realidade me leva a crer que a minha sociedade ou a sociedade na qual eu pertenço
não é civilizada economicamente.
Comecei a
fazer seguintes indagações baseadas em evidências:
1. A
sociedade civilizada economicamente é aquela politicamente estável;
2. É
aquela que sabe utilizar o conhecimento do seu capital intelectual e tecnológico
em produtos e serviços (que transforma).
3. Sociedade
que valoriza o conhecimento na sua plenitude;
4. Incentiva
os profissionais com conhecimentos deficientes a superarem os seus limites;
5. Aquela
que incentiva a competitividade baseada em resultados;
6. Aquela
que gera recursos e distribui para a sociedade (empregabilidade);
7. A
sociedade onde os contratos tem proteção legal;
8. O
nepotismo e a corrupção se encontram em níveis controláveis;
9. Autonomia
dos poderes legislativos e judiciários (onde a assembleia cria leis que protege
a soberania e os contratos e o poder judiciário julga e puni os infratores com
isenção);
10. Onde
forças armadas e de segurança protegem a soberania, são parceiros da sociedade
civil, e respeitada por este papel tão importante.
11. Onde
a liberdade de imprensa é respeitada;
12. Onde a educação é pátio de construção de
conhecimento que incentiva a formação de pensamentos críticos que provoca
discussões aberta, franco e verdadeiro.
13. Erradicação
de violência de todas as ordens (quando se refere a violência vincula-se
somente aos assassinatos, mas existem outras formas de violência tão brutal quanto:
Violência doméstica, violência contra
crianças e idosos e a humilhação.
Desconhecimento Econômico e
Político
O Conflito
Nos últimos
dias Bissau foi palco de “calientes” conflitos institucionais,
um ato normal no ambiente democrático, onde as acusações aparecem e as dúvidas
surgem e dissipam. Por este motivo, a democracia é fantástica porque
proporciona ambiente desta natureza a que leva a um julgamento mais detalhado
por parte dos tribunais com base nas evidências.
Toda vez que
o processo é julgado com isenção, reforça o amadurecimento das instituições e
renova a confiança social de não impunidade.
Estes
atitudes legais são oportunidades ímpares de incentivo aos investimentos aos
olhos dos investidores, cria sentimento de estabilidade política e de proteção
legal de propriedade.
A recolha
de imposto é uma prática antiga, não existe desenvolvimento sem pagamento de
impostos, e não basta recolher imposto ou obrigar a sociedade a fazê-lo sem
definir uma política clara de arrecadação e seu investimento nos projetos de
infraestrutura social e econômica.
Voltando ao
tema “Um
país não civilizado economicamente é aquele que não tem domínio sobre a
natureza” levanta questões importantes sobre Guiné-Bissau:
§
Quais os fatores que nos levaram a
esta posição?
§
O que pode ser feito em busca de
uma civilização econômica duradoura?
§
O que esta sendo feito no momento?
§
O que você leitor faz ou ajuda para
mudar este cenário?
§
Será que conhecemos o nosso
principal atividade econômica?
§
De que forma a concessão de
exploração de propriedade é feito no passado e no presente?
§
Devemos melhorar a nossa visão
crítica em relação ao futuro ou desta forma esta legal?
Se
conseguirmos refletir de forma diferente e tentar responder as questões
levantadas já é um passo importante rumo à melhoria da perspectiva do
crescimento econômico (aumenta a nossa vantagem competitiva em relação ao
passado). Segundo Martin Luther King Jr. não adianta
querer mudança se pensarmos como os nossos inimigos, a mudança desejada tem que
ser um divisor de águas.
Cada
cidadão guineense, independente da sua titulação e condição social tem que
desempenhar sua função com zelo, dedicação, esperança e motivação. Procurar
sempre ser o melhor no que faz e abdicar de qualquer atitude violenta ou imoral
como foi mencionado no tópico 13.
Críticas
são combustíveis para mudanças democráticas, devem ser melhoradas e
aperfeiçoadas de forma a contribuir para o crescimento sustentável, “ipsis
litteris” para o comportamento social.
Houve
indícios de melhorias de comportamento econômico e político, mas é incipiente
para se fazer uma análise gráfica e temporal dos resultados, lembrando que
qualquer transformação requer uma dose elevada do conhecimento e de preparação
dos agentes (Estratégico tático e operacional).
Guiné-Bissau
e seu povo precisam envolver-se mutuamente em todos os sectores da vida
política econômica e social. Mudança de paradigmas leva tempo, exemplo real é a
preparação de uma criança até a fase adulta onde forma sua opinião política e
social com base em troca de conhecimento com tudo aquilo que os rodeia.
A
recuperação dos valores perdidos ou roubados em função de tempos ociosas requer
suporte da educação básica na formação do novo caráter do cidadão guineense preparado
para os novos tempos.
Seja
diferente.
Cordialmente
Prof. Mestre Patrício Baionco
Mindelo Biaguê
Auditor Financeiro e pesquisador.
Coordenador do Curso de Ciências
Contábeis: Faculdade Católica Salesiana de ES
Contato para:
Palestras, workshop e consultorias administrativa e econômica.
Tel. (55) 27 981680724
baionco@hotmail.com