O chefe de Estado anunciou ter endereçado uma nota ao Partido da Renovação Social (PRS) "na qualidade de segundo partido mais votado nas últimas legislativas, incumbindo essa formação política a apresentar uma solução" que garanta "estabilidade governativa".
José Mário Vaz justificou-se, considerando que o acordo que lhe foi apresentado na última semana pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que venceu as eleições de 2014, "indicia não reunir o apoio maioritário dos deputados" no parlamento guineense.
Ou seja, apesar de o PAIGC ter maioria absoluta, o Presidente deverá ter em conta que há 15 deputados dissidentes do partido, que se juntaram ao PRS e anunciaram formar uma nova maioria que desde janeiro tem tentado derrubar o Governo.
O assunto levou a uma luta judicial com diferentes interpretações.
O PAIGC decidiu expulsar o grupo dissidente da militância, alegando indisciplina partidária e requereu depois a perda de mandato na Assembleia Nacional Popular.
O partido entende que as decisões subsequentes nos tribunais guineenses validaram a substituição dos deputados, enquanto o grupo dos 15 e o PRS dizem o contrário.