terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

OPINIÃO : OS ENSINAMENTOS DAS ELEIÇÕES PRESIDÊNCIAS DE 2014

Domingos Simões Pereira venceu o Congresso de Cacheu. Só que uma vitória politica é meiramente a resultante da primeira parte duma dinamica. A segunda parte é a pós-vitória, a governação que supõe uma vitória eleitoral.

O bicefalismo no Executivo, entre o JOMAV e DSP, é alimentado pelo nosso sistema constitucional que favorece instabilidade governativa. No Congresso de Caheu a parte vencida ficou com um gosto amargo e està na espera duma eventual segunda parte que só pode acontecer durante a Governação, se o Presidente da Repùblica for do PAIGC. E o que aconteceu.

Precisamos de Paz, estabilidade, de planejar a nossa economia para criar empregos, dando assim o poder de compra aos Guineenses. Para tal era preciso ter um Presidente da Repùblica que se comporta como arbitro e que aconselha e encoraje o Governo. O perfil ideal era um Presidente da Repùblica neutro, apartidario, independente. Sem duvida, havendo um Presidente da Repùblica independente, não ia estar com constrengimento e compromisso partidario e não fara sombras ao Primeiro Ministro.

Essa realidade do Poder politico na Guiné, demostra mais uma bez, que o projeto « No muda rumo » do Dr. Paulo Gomes, terceiro candidatos mais votado nas eleições presidências 2014, era o mais realista para alcançar uma estabilidade institucional e governativa, pedra angular para o desenvolvimento.

Hoje em varios cantos de Bissau, estamos a ouvir « Mindjor na Paulo Gomes ».

Os Guineenses devem começar a aprender a gostar mais da Guiné do que dos partidos politicos.

Os constrangimentos partidarios amaram e apagam os esforços das magnas reformas que o Governo devria fazer : reforma nas Forças Armadas, na Administração e Função Pùblica, nos sectores da Saùde e Educação, na Justiça, na reorganização do nosso aparelho economico.

Temos um Governo que conta na maioria com pessoas que jà foram varias vezes Ministros e que infelizmente, muito dentre eles teêm dossiers pendentes na Justiça.

Não estou dizer que os  Governantes são culpados, mais este facto dà um mau sinal, em relação a percepção duma boa governação e aumenta sentimento de injustiça. Não devemos esquecer que as reformas são raramentes iniciadas pela gente do sistema, porque não é facil fazer uma autocritica justa
e objectiva, e é humano, quando vivemos durente decadas do sistema.

Pedro Té.