Domingos Simões Pereira venceu o Congresso de Cacheu. Só que uma vitória
politica é meiramente a resultante da primeira parte duma dinamica. A
segunda parte é a pós-vitória, a governação que supõe uma vitória
eleitoral.
O bicefalismo no Executivo, entre o JOMAV e DSP, é alimentado pelo nosso
sistema constitucional que favorece instabilidade governativa. No
Congresso de Caheu a parte vencida ficou com um gosto amargo e està na
espera duma eventual segunda parte que só pode acontecer durante a
Governação, se o Presidente da Repùblica for do PAIGC. E o que
aconteceu.
Precisamos de Paz, estabilidade, de planejar a nossa economia para criar
empregos, dando assim o poder de compra aos Guineenses. Para tal era
preciso ter um Presidente da Repùblica que se comporta como arbitro e
que aconselha e encoraje o Governo. O perfil ideal era um Presidente da
Repùblica neutro, apartidario, independente. Sem duvida, havendo um
Presidente da Repùblica independente, não ia estar com constrengimento e
compromisso partidario e não fara sombras ao Primeiro Ministro.
Essa realidade do Poder politico na Guiné, demostra mais uma bez, que o
projeto « No muda rumo » do Dr. Paulo Gomes, terceiro candidatos mais
votado nas eleições presidências 2014, era o mais realista para alcançar
uma estabilidade institucional e governativa, pedra angular para o
desenvolvimento.
Hoje em varios cantos de Bissau, estamos a ouvir « Mindjor na Paulo Gomes ».
Os Guineenses devem começar a aprender a gostar mais da Guiné do que dos partidos politicos.
Os constrangimentos partidarios amaram e apagam os esforços das magnas
reformas que o Governo devria fazer : reforma nas Forças Armadas, na
Administração e Função Pùblica, nos sectores da Saùde e Educação, na
Justiça, na reorganização do nosso aparelho economico.
Temos um Governo que conta na maioria com pessoas que jà foram varias
vezes Ministros e que infelizmente, muito dentre eles teêm dossiers
pendentes na Justiça.
Não estou dizer que os Governantes são culpados, mais este facto dà um
mau sinal, em relação a percepção duma boa governação e aumenta
sentimento de injustiça. Não devemos esquecer que as reformas são
raramentes iniciadas pela gente do sistema, porque não é facil fazer uma
autocritica justa
e objectiva, e é humano, quando vivemos durente decadas do sistema.
Pedro Té.