A nova era de consumidores de comércio eletrónico constitui um desafio para os modelos de negócios tradicionais
Os consumidores africanos estão cada vez mais a pesquisar nas plataformas online com intuito comercial
CAPE-TOWN, South-Africa, February 26, 2015/ -- O
crescente sucesso do comércio eletrónico no continente africano está a
mudar o perfil dos consumidores tradicionais e, por isso, as marcas
precisam de adaptar os seus modelos e estratégias comerciais para se
manterem relevantes junto dos consumidores e evitarem uma queda da quota
de mercado.
Photo Charles Brewer: http://www.photos.apo-opa.com/
Os consumidores africanos estão cada vez mais a pesquisar nas plataformas online com intuito comercial, inclusive ao indagarem sobre os preços dos artigos e investigarem onde podem adquirir produtos e serviços. Segundo uma investigação realizada pela Google South Africa (Google da África do Sul)(1), verificou-se um aumento de 49% no volume de pesquisas na Nigéria, 37% na África do Sul e 33% no Quénia, em 2014.
Charles Brewer, Diretor-Geral da DHL Express da África Subsariana (http://www.dpdhl.com), afirma que conhecer os consumidores, saber como comunicar com eles e, em última análise, como lhes fornecer os produtos que pretendem, no momento certo, é a chave para o sucesso contínuo do comércio eletrónico na região.
“A crescente classe média de África está a impulsionar a procura dos consumidores e, consequentemente, a indústria do comércio eletrónico no continente. Por isso, os comerciantes devem interrogar-se sobre se estão preparados para este “novo” grupo de clientes em constante evolução. Do ponto de vista logístico e operacional, é necessário que as empresas transitem de uma abordagem de transações entre empresas para uma abordagem de transações entre empresas e consumidores, uma vez que aos comerciantes é agora exigido o transporte de produtos para clientes individuais. Será necessário implementar novas estruturas para garantir que a cadeia de abastecimento da empresa é suficientemente ágil para responder de forma rápida e eficaz ao aumento da procura.”
Brewer acrescenta que apesar do enorme potencial de crescimento do comércio eletrónico na região, quando comparado com os mercando emergentes, o comércio eletrónico a retalho ainda está a dar os primeiros passos em África. Um estudo recente sobre comércio a retalho(2) realizado pelo Urban Studies em nome do South African Council of Shopping Centres (SACSC [Conselho de Centros Comerciais da África do Sul]), revelou que a participação de África e do Médio Oriente no comércio eletrónico global em 2015 é de apenas 2%, mas que possui um grande potencial. Esta conclusão é corroborada por um relatório recentemente elaborado pela empresa McKinsey & Company, o qual revelou que o comércio eletrónico poderá representar 10% das vendas a retalho nas maiores economias africanas até 2025. A Google também prevê o aparecimento de um grande mercado de comércio eletrónico em África até 2017, à medida que os africanos ficam mais familiarizados com os avanços tecnológicos.
Conforme o comércio eletrónico ganha força, volta a destacar o potencial para os comerciantes e empresários locais. Uma história de grande sucesso é a de Bethlehem Tilahun Alemu, fundadora da soleRebels, uma empresa de calçado de Adis Abeba, na Etiópia, em 2005. Em menos de uma década, conseguiu desenvolver a empresa transformando-a de uma organização composta por apenas cinco elementos, a produzir para o mercado local, numa organização mundial com mais de 300 funcionários e oito lojas autónomas, a servir mais de 50 países. A chave do seu sucesso, num ambiente de comércio a retalho extremamente competitivo, foi a combinação de competências e tecnologias artesanais tradicionais de África com a utilização inovadora de materiais (muitas vezes reciclados) da região, determinação e energia pessoal e uma visão global.
“Este é apenas um exemplo de muitas oportunidades que estamos a observar na região. Neste mercado em desenvolvimento, as necessidades dos intervenientes do comércio eletrónico emergente têm tido um papel crucial na nossa forte estratégia de expansão em África,” conclui Brewer.
Distribuído pela APO (African Press Organization) em nome da Deutsche Post DHL.
Fontes:
(1) http://www.bdlive.co.za/
(2) http://www.iol.co.za/business/