Gostaria de estar apresentando a
Empresa ao departamento de energia elétrica na Guiné Bissau para
demonstrar o grande potencial do País na cogeração de energia elétrica
através do processo de gaseificação anaeróbica.
Realizando
uma redução do consumo de óleo diesel de ate 90% nos motogeradores
existentes nas usinas termoelétricas, industrias e hospitais.
Com um baixo custo de Investimento.
Abaixo descrevo o processo realizado.
GASEIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (AGRÍCOLAS, URBANOS E INDUSTRIAIS)
GASEIFICAÇÃO X INCINERAÇÃO
São processos totalmente distintos:
• INCINERAÇÃO: promove a
combustão ou queima direta dos materiais, ou seja: o material é um combustível
e o comburente é em geral o oxigênio. Destrói os materiais e gera gases
combustíveis (gás de síntese), de composição variável conforme os materiais,
mas sempre com baixo poder calorífico, variando de 1100 a 2500 Kcal/Nm3; O
baixo poder calorífico o pode inviabilizar a sua utilização em motores a
combustão, em termos de custos, pois será necessário aumentar no mínimo em 40%
a potência (CV) motores para se atingir a mesma potência obtida com a
utilização de um combustível com poder calorífico acima de 4000 Kcal/Nm3.
• GASEIFICAÇÃO: não promove a
combustão direta. Destrói materiais pelo calor, mas sem arder, ou seja, sem
combustão. Promove a "desintegração ou conversão térmica" dos
materiais a nível molecular, convertendo-os em outros a partir de reações
termoquímicas variáveis, e o caso das tecnologias homologadas pela Eco Tecnologia, com a
peculiaridade de ser na ausência de oxigênio; Gera gases combustíveis (gás de
síntese), de composição variável conforme os materiais, mas sempre com bom
poder calorífico, em média de 4000 a 5500 Kcal/Nm3; O Gás de Síntese,
purificado, pode ser usado diretamente como fonte de energia elétrica e
térmica, através da sua utilização como combustível em motores a combustão e
caldeira a vapor. Os gases resultantes da queima do gás de síntese, qualquer
que seja a forma de aproveitamento energético, atendem perfeitamente todos os
parâmetros de emissão ficando muito abaixo do limites estabelecidos pela legislação
ambiental.
GÁS DE SÍNTESE (SYNGAS):
A gaseificação de
resíduos é uma tecnologia secular que foi muito utilizada como combustível
alternativo em veículos em épocas passadas principalmente nos períodos de
guerra onde não existia a disponibilidade de combustível fóssil.
Tendo desenvolvido motores especiais para utilização de gás de síntese como
combustível, apoia de maneira sistêmica projetos cujo objetivo é o
desenvolvimento de tecnologias para gaseificação de resíduos sólidos sem
impacto ambiental e com a produção de um gás com alto poder energético
(elétrico e térmico).
A Eco Tecnologia em sinergia com as exigências
da Lei de Resíduos Sólidos, e alinhada com a necessidade de se dar a destinação
correta para os resíduos que não poderiam ser valorizados através dos processos
de reciclagem e de biodigestão, encontrou no mercado brasileiro tecnologias
relacionadas aos processos de gaseificação que permitiram a estruturação de
parcerias técnicas e comerciais para exploração energética destes resíduos.
Destacamos alguns
resíduos podem ser Gaseificados:
·
Resíduos Sólidos Urbanos (RSU);
·
Combustível Derivado de Resíduo (CDR);
·
Hospitalares;
·
Resíduos Agrícolas, Florestais, Briquetes, Pellets e Carvão;
·
Resíduos Industriais e Agroindustriais (Frigoríficos e Laticínios);
·
Resíduos da Avicultura, Suinocultura, Gado de Corte e Leite;
·
Pneus, borrachas, plásticos, etc.;
·
Lodo de Esgoto (ETE);
·
Biossólidos em geral;
·
Biomassas sem exceção.
PROCESSO DE
PIRÓLISE:
Este processo não pode ser confundido
com a incineração ou queima, pois nele não ocorre a combustão, já que não
existe a presença de oxigênio suficiente. A obtenção de gás através da Pirólise
de qualquer biomassa é um processo termoquímico clássico, tradicional e antigo
(existe há mais de um século).
Pirólise é a
degradação de materiais macromoleculares altamente aquecidos sob ausência de
oxigênio. Na prática, não é possível se conseguir atmosfera completamente livre
de oxigênio, dessa forma os processos pirolíticos ocorrem quando a quantidade
de oxigênio presente está abaixo da estequiometria de combustão. Esse efeito é
obtido normalmente a partir de temperaturas de 350°C (800°F) e com Relação de
Equivalência (ER) entre 0.2 e 0.6.
Eficiência:
A eficiência
térmica da Pirólise pode chegar a 95% na maioria dos casos. Existe também um
consumo do próprio gás produzido em alguns momentos, em quantidade que pode
chegar a 5% da vazão total. Esse consumo "parasita" é para a
alimentação dos queimadores dedicados ao processo de gaseificação.
A partida do
sistema pode ser realizada com gás natural ou propano/butano (GLP). O consumo
de combustível externo na partida ocorrerá apenas na primeira hora e será de
aproximadamente 20 Kg por tonelada de capacidade de gaseificação.
Para tornar o
sistema totalmente autossuficiente, pode ser considerada a autogeração da
energia elétrica necessária ao funcionamento de todos os equipamentos
envolvidos. Esse outro consumo "parasita" pode chegar a 5 % da vazão
total do gás produzido.
Diante disso, a
relação entre a energia de entrada contida nos resíduos e a energia no gás
remanescente ao fim do processo com um todo estará em torno de 0.85, o que
indica uma eficiência energética absoluta de 85%.
Meio Ambiente:
O resíduo sólido do
processo será geralmente cinzas carbônicas inertes, que podem eventualmente ser
utilizadas como fertilizante, pois possuem altos índices de N-P-K
(Nitrogênio-Fósforo-Potássio).
Existem diversas
outras aplicações para esse resíduo inerte.
O efluente líquido
do sistema é somente a água, proveniente da umidade contida no resíduo
processado, que é vaporizada sob alta temperatura e posteriormente condensada
na etapa de tratamento e purificação do gás produzido.
A emissão gasosa do
processo de gaseificação e da queima direta do gás ou mesmo o de sua utilização
em sistemas de cogeração de energia elétrica encontra-se abaixo dos limites
permissíveis pela legislação (CONAMA e SMA) em termos de material particulado,
SOx, NOx, Dioxinas e Furanos.
Aguardo seu retorno.
Eng. Bruno Panuto