Libéria,
Guiné-Conakry e Serra Leoa registam uma queda no número de novos casos de
ébola. Os três países da África Ocidental mais afetados pelo vírus revelam uma
redução significativa da propagação do vírus, mas nem por isso os organizadores
da Taça das Nações Africanas de futebol (CAN), que se realiza na Guiné
Equatorial, vão baixar a guarda.
De
acordo com a Confederação Africana de Futebol (CAF), os jogadores de todas as
seleções em prova deverão passar pela capital Malabo e ai serem submetidos a
testes para deteção do ébola. Os que revelarem qualquer sinal de terem o vírus
ou se recusarem a ser examinados podem ser colocados de quarentena até 21 dias.
O
receio da epidemia de ébola foi a razão evocada por Marrocos para, à última
hora, se recusar a organizar a prova neste momento no seu território, como
previsto, solicitando o adiamento – não aceite.
Com
a CAN a arrancar este sábado, 17 de Janeiro, o mais recente relatório da
Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que a Guiné-Conacry, registou o
menor número de novos casos numa só semana desde 17 de agosto. Nos últimos 21
dias, confirmaram-se mais 230 casos num total de 2514 pessoas, das quais 1530
morreram.
A
Libéria registou a semana com o menor número de novos casos desde a primeira
semana de junho de 2014, sendo que nos dois últimos dias da semana que terminou
a 11 de junho não houve qualquer novo caso confirmado. Nos últimos 21 dias, o
país registou apenas 48 novos casos, num total acumulado de 3127 pessoas com
infeção confirmada.
A Serra Leoa, por fim, registou a segunda semana com os novos casos em queda,
alcançando o melhor resultado desde 31 de agosto. Ainda assim, nos últimos 21
dias registaram-se 769 casos no país, num total de 7786 pessoas, das quais 2696
morreram.
No
balanço total da OMS, nestes três países da África Ocidental, registaram-se 21
mil, 261 casos, entre confirmados, prováveis
e suspeitas. Desses, mil e 47 nos últimos 21 dias. Ao todo, na Guine-Conakry,
Libéria e Serra Leoa, já morreram atacadas pelo ébola – 8 mil, 414 pessoas.
“O
declínio é real, mas isso não significa que a luta tenha terminado”, alertou
Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, em declarações à France Press.