Bissau, 31 dez (Lusa) - O movimento que quer incentivar a participação cívica das mulheres na Guiné-Bissau, o Miguilan, lamentou ontem o "clima de permanente instabilidade" no país e apelou ao dialogo.
Em conferência de imprensa, Zinda Cardoso, da coordenação do Movimento "Mindjeris di Guiné No Lanta" (Mulheres da Guiné, levantemo-nos) disse ter chegado a hora de todos os guineenses dizerem "basta de instabilidade" no país.
"Com a lamentável e permanente instabilidade em que vivemos, o nosso desenvolvimento social continua a ser dos mais fracos, levando-nos a figurar entre os países mais atrasados e mais pobres do mundo", enfatizou Cardoso.
O Miguilan, que junta mais de 100 mulheres residentes no país e na diáspora, surgiu em agosto na sequência da crise política despoletada com a demissão do Governo eleito, foi ontem formalmente apresentado em Bissau.
A organização pretende incentivar as mulheres a tomarem parte de forma ativa no debate político e na construção da democracia, através de propostas de diálogo "franco e duradoiro" com os atores públicos, privados e parceiros do país.