"Estamos a exigir a demissão imediata do Presidente da República porque entendemos que é uma espécie de obstáculo para o desenvolvimento do país", disse Jorge Samba à agência Lusa.
"É uma vergonha nacional. Os guineenses estão um pouquinho envergonhado com a actual situação política na Guiné-Bissau. Um país sempre em sobressaltos que não consegue garantir o mínimo de paz e estabilidade política aos seus cidadãos envergonha qualquer um", adiantou Jorge Samba.
O guineense considerou que a economia estava quase relançada e que o país tinha começado a ganhar alguma credibilidade a nível internacional. "Com a demissão do primeiro-ministro, o país quase entrou novamente em colapso. Tudo foi estancado. Perdemos as expectativas, perdemos a esperança e é por isso que estamos nesta luta", disse.
Jorge Samba disse que o que os guineenses mais receiam é "um levantamento militar à semelhança do que aconteceu em 1998, um novo conflito político-militar". "Demitindo o primeiro-ministro e o governo entramos numa espécie de colapso ou fragmentação da própria estrutura social. É um convite a uma nova crise política e social", acredita a fonte.