A
Organização Mundial de Saúde diz que a epidemia de vírus Zika no continente
americano se está a “propagar de forma explosiva” e estima que o número de
casos atinja 3 a 4 milhões de pessoas infectadas.
A OMS
convocou uma comissão de emergência para o dia 1 de fevereiro, para equacionar
a resposta a dar à crise. A diretora-geral da instituição, Margaret Chan,
afirmou que “ainda não foi estabelecida uma relação causal entre o vírus Zika e
malformações nos fetos ou síndromes neurológicas e é importante frisar este
ponto. Mas há uma forte suspeita. As possíveis ligações e suspeitas recentes
alteraram rapidamente o perfil de risco do Zika, que passou de uma ameaça
ligeira para uma de proporções alarmantes”.
O país mais
afectado é o Brasil, onde o número de casos poderá atingir, segundo a OMS, 1,5
milhões. As autoridades sanitárias brasileiras estimam quase 4000 casos de
microcefalia associados ao vírus. Detectado pela primeira vez no Uganda em
1947, o Zika não se transmite entre humanos, mas sim através da picada de
mosquitos infectados.