sexta-feira, 3 de julho de 2015

AICEP ABRE ESTE FIM DE SEMANA NA GUINÉ-BISSAU

Guiné-Bissau é, este fim de semana, o passo seguinte na estratégia de alargamento de cobertura e influência da AICEP aos países lusófonos. Até final do ano a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal prevê ter presença física em todos os países pertencentes à CPLP. Depois de Bissau, segue-se São Tomé, e Timor Leste e a Guiné Equatorial até ao final do ano.


Em declarações ao Diário Económico, o presidente da AICEP assume que "há também, claro que sim, um sinal de compromisso político com a CPLP, através da expansão da nossa presença". A delegação de Bissau é inaugurada este fim-de-semana, aproveitando também a presença de Pedro Passos Coelho, que estará em visita oficial ao país.


As relações económicas entre Portugal e a Guiné Bissau não são particularmente intensas, "mas isso até mostra que há aqui caminho para explorar, com o nosso apoio", refere Miguel Frasquilho. Tal como noutros pontos do globo, o contributo da AICEP é simples: "Nós não fazemos os negócios, nós ajudamos a que eles se possam fazer, no nosso papel de facilitar contactos, de prestar informação completa a quem quer investir".


Mais do que o potencial específico da Guiné-Bissau - que se estima poderá crescer acima dos 4% este ano - esta abertura da representação da AICEP é mais uma peça na estratégia de cobertura integral dos países da CPLP. Essa cobertura "ajudará à afirmação da língua portuguesa no mundo dos negócios", afirma Frasquilho. E concretiza: "Para além dos membros, há muitos países importantes que pediram o estatuto de observadores, como o Japão, Marrocos ou a Turquia" e, dado o interesse destes países na economia e comércio internacionais, a AICEP quer ser um interlocutor privilegiado a nível internacional, tirando partido do conhecimento ‘in loco' que vai acumulando. "Bissau é, por isso, um dos mercados onde a AICEP não podia deixar de estar presente", explica o presidente da agência.


Este fim-de-semana será palco de vários encontros do primeiro-ministro português com o governo de Bissau, bem como de contactos directos com empresas locais com ligações a Portugal.