Mais que um jogo...
O quinto lugar que a equipa ocupa, com apenas 50 por cento de vitórias e já dois empates e uma derrota - mais outra na Champions - são motivos mais que suficientes para o já indisfarçável desconforto vivido na Luz, por estes dias.
Assim, o que noutras condições seria mais uma difícil deslocação na Liga, passa a ser um dos jogos mais importantes do consulado de Jorge Jesus no Benfica.
À águia pergunta-se diretamente: és ou não candidato para levar a sério? A resposta será dada com golos. Se marcar mais que o adversário mantém-se na corrida; se não o fizer arrisca-se a ver o FC Porto aumentar para 6 ou 8 pontos a distância, números ainda mais difíceis de reverter.
Há carga dramática, pois. Até porque mais do que jogar o título, referenda-se, também, em bola a rolar e não em votos, se o ciclo de Jorge Jesus à frente da equipa chegou ou não ao fim (não quer isto dizer que o treinador deixe o clube caso não vença a partida, mas é indesmentível que fica muito mais difícil voltar a conseguir o estado de graça de que dispôs).
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo, Jorge Jesus comparou a situação atual com a que o Benfica viveu na época passada. «Por esta altura, tínhamos empatado com a Académica e tínhamos perdido em Moscovo, com o Spartak, para a Liga dos Campeões. Estávamos no conflito que vivemos neste momento». Não é bem assim. Na verdade, a situação em nada era comparável. Havia pressão sobre Jesus? Claro que sim, mas não em doses iguais. Neste momento o Benfica está, à entrada da 7.ª jornada, a 5 pontos do FC Porto. Na época passada chegava lá na segunda posição, mas com os mesmos pontos (14).