O Presidente
da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, fez hoje um “vibrante apelo” aos parceiros do
país, para que o protejam face às mudanças climáticas.
“Lanço um
vibrante apelo aos nossos parceiros para que apoiem a Guiné-Bissau face aos
enormes riscos que as alterações climáticas colocam”, referiu o chefe de Estado
ao discursar na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas
(COP21), que decorre até 11 de dezembro, em Paris.
José Mário
Vaz referiu que “é chegado o momento inadiável de alicerçar compromissos” à
escala global, de forma a haver “uma partilha efectiva de responsabilidades”.
O chefe de
Estado realçou que a Guiné-Bissau – com 80 ilhas e ilhéus e um território
continental quase plano – é um dos países mais vulneráveis à subida do nível
dos mares.
A
Guiné-Bissau faz parte da aliança dos Pequenos Estados Insulares em
Desenvolvimento e pretende continuar a constituir-se como “um sumidouro
absoluto de gases responsáveis pelo aquecimento global”, acrescentou Vaz.
A chave para
a Guiné-Bissau cumprir esse papel são as florestas, que, José Mário Vaz disse,
irão ter “uma gestão mais sustentada” Também na agricultura, o Presidente
guineense confia em avanços, mas garantindo sempre que será uma atividade amiga
do ambiente.
A COP21, que
decorre entre 30 de novembro e 11 de dezembro, reúne em Paris representantes de
195 países, que tentarão alcançar um acordo vinculativo sobre redução de emissões
de gases com efeito de estufa.
O acordo
deve limitar, até 2100, o aquecimento da temperatura média global da atmosfera
a dois graus centígrados acima dos valores registados antes da revolução
industrial.
Até agora,
mais de 170 países já apresentaram contributos para a redução de emissões, mas
são ainda insuficientes para alcançar a meta proposta.
Entre os
assuntos pendentes estão a aceitação de um mecanismo de revisão periódica das
contribuições nacionais e a existência de um só sistema, sem divisões entre
países desenvolvidos e em desenvolvimento, mas com flexibilidade no tratamento
– tema que, juntamente com a responsabilização dos países maiores emissores,
serão aspetos mais difíceis de resolver.
Fonte: lusa