sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

FRAGILIDADE DO ESTADO LIMITA O RESPEITO PELOS DIREITOS HUMANOS

Bissau, 11 dez (Lusa) - A fragilidade do Estado da Guiné-Bissau faz com que os direitos humanos nem sempre sejam respeitados, sobretudo em relação às crianças e mulheres, referiram ontem os participantes em debates realizados na capital guineense pela ocasião do Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro.

Num ambiente aberto e informal, durante oito horas, cerca de 100 pessoas, entre políticos, académicos, representantes das organizações da sociedade civil e outras entidades, participaram em tertúlias sobre direitos humanos numa iniciativa organizada pela delegação da União Europeia (UE).
A "fragilidade" do Estado guineense foi uma caraterística destacada. A ideia, partilhada a várias vozes, foi lançada em jeito de alerta, porque essa fragilidade consegue "condicionar" o respeito e a promoção dos direitos humanos em toda a sua dimensão, das crianças às mulheres.

Em declarações à Lusa, Augusto Mário da Silva, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, felicitou a delegação da UE pelo facto de este ano ter preferido realizar uma tertúlia "em vez das tradicionais cerimónias, com discursos"..

O representante da UE, Vítor Santos, considerou que os debates "ultrapassaram de longe a conversa vaga e sem objetivos" e acredita que vão contribuir para elevar a "consciência" em relação aos temas tratados.