Um agente
imobiliário de Durban criou uma grande disputa racial na África do Sul
comparando os negros sul-africanos com "macacos" numa mensagem
divulgada em Facebook.
"Estes
macacos autorizados a frequentar praias públicas na véspera e no dia do Ano
Novo não têm realmente nenhuma educação", escreveu Penny Sparrow, na sua
página tweet quando se queixava de resíduos nas praias de Durban, e cuja
mensagem foi, algumas horas mais tarde, vivamente criticada, tendo o seu autor
recebido ao mesmo tempo ameaças de morte.
Pouco
depois, um famoso economista sul-africano, Chris Hart, envenenou a situação,
defendendo Penny Sparrow, em twitt.
"Mais
de 25 anos depois do fim do apartheid, as vítimas continuam a ter o sentimento
que tudo lhe é devido e continuam a odiar as minorias", lê-se na sua
página twitt.
O Congresso
Nacional Africano (ANC, o partido no poder) considerou que estes comentários
lembram o estado de espírito durante o apartheid para os indígenas deste país.
"Eles desprezam
os Negros como se fossem pessoas que não merecem de usar as praias do seu país
de origem. Eles acusam também a maioria do nosso país, essencialmente negra, de
ter o sentimento que tudo lhe é devido e do ódio para com a minoria",
lê-se num comunicado do ANC transmitido à PANA.
Kenneth
Mokgatlhe, porta-voz do Pan African Congress of Azania (oposição), considera,
por seu turno, que o racismo é alimentado por desigualdades no seio da
sociedade sul-africana.
O partido de
oposição oficial, a Aliança Democrática, confirmou o estatuto de membro de
Sparrow e exprimiu a sua intenção de a suspender.
Hart, que
trabalha igualmente para o Standard Bank foi suspenso enquanto se espera pela
abertura dum inquérito a que se junta igualmente a Comissão Sul-africana dos
Direitos Humanos fez igualmente investigações sobre este caso.
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