Sempre ouvi
dizer que a esperança é a última que morre, ou seja, só depois de formos
enterrados. É verdade esta óptica de ver as coisas, só que no nosso caso em especial,
nenhuma esperança existe… ou pelo menos sempre que tenta florescer, é posta em
causa com sucessivas crises que têm assolado a nossa querida Pátria.
Mais uma
vez, pensávamos que tinha chegado o momento certo para a nossa Mamã Guiné se exaltar,
se vangloriar dos seus líderes políticos e dos seus filhos, aqueles pelos quais,
tanto sofreu em criar e em defender das garras colonialistas e de feiticeiros
do ózzzz. Mas, de novo, e com muita dór, me dei conta que estava enganado;
2014, foi um
ano de eleições, onde o povo foi chamado a decidir sobre o destino deste País e
de consensos políticos, onde pela primeira vez na história, vimos um PAIGC e um
PRS a caminharem de mãos dadas e, juntos, outras formações políticas de pequena
representação parlamentar, ou seja onde todos foram chamados a construir os
consensos necessários para erguer os Pilares Básicos do Progresso, da
Estabilidade e do Perdão (PEP). Volvidos um ano, depois deste entendimento
histórico, cujo resultado saltou à vista de todos de forma tão positiva,
aconteceu que;
Em 2015, em
julho mais concretamente, começaram os ventos do mal a soprar contra as bases
implantadas que estavam ajudando a suportar o tão almejado Progresso,
Estabilidade e Perdão entre os guineenses…
Em Agosto do
mesmo ano (2015), foi dado o primeiro grande passo para a destruição de tudo de
bom que foi alcançado durante 12 meses anteriores e, mais grave, não foi só
derrubado um governo de consenso e de entendimento, um governo de unidade
nacional e de estabilidade parlamentar e
governativa, um governo de resultados surpreendentes, mas também, foi dado
início a uma caminhada perigosa rumo a eliminação e derrube de consensos
inicialmente conseguidos e o semear de divisões políticas, que veriam poucos
meses mais tarde a transformar-se em “entrincheirar e radicalizar” de posições
entre formações políticas que antes construíram os tais Pilares Básicos do “P.E.P.”.
Hoje, está
começando o ano de 2016, um Novo Ano, um Ano que todos queremos de vitórias e realizações
positivas, mas tudo indica, poderá ainda ser pior do que o final de 2015 – um Ano
de guerra políticas, onde mais uma vez, o essencial vai ser colocado de lado,
em detrimento do secundário…
Só gostaria
de deixar um conselho aos líderes políticos guineenses:
“NÓS (ESTOU-ME A
REFERIR A TODOS OS GUINEENSES), QUEREMOS VER ESTA NAÇÃO UNIDA E OS SEUS FILHOS
ANDANDO DE MÃOS DADAS, INDEPENDENTEMENTE DA CÓR POLÍTICA, DE INTERESSES
ECONÓMICO OU POLÍTICO QUE PODERÃO ESTAR POR DETRÁS DE TODO ESTE DIFERENDO”.
Victor A.
S./Marrocos