Por
ocasião do fim do ano, o Presidente da República embarcou de forma irresponsável
num discurso dirigido à
nação, pouco orientador e de baixo valor ético. José Mário Vaz fez sobressair a moralidade quando devia, como Primeiro
Magistrado da Nação, principal garante e promotor da Paz e da Estabilidade na Guiné-Bissau, preocupar-se com os problemas existentes no país que ele mesmo é o mentor e minimizar o drama que a população vive neste momento. Essas declarações
invertem prioridades e retiram o foco daquilo que é essencial para o país – a
estabilidade.
José
Mário Vaz disse: "Por acreditar ser possível criar condições de
estabilidade governativa no quadro da actual configuração e dinâmica política
parlamentar, não equaciono a hipótese de dissolver a Assembleia Nacional
Popular [Parlamento] guineense".
Nesta enganadora passagem do infeliz discurso, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, disse que não tenciona dissolver o Parlamento mas para um bom entendedor, ele não garante que não o fará. Mais uma das mentiras deslavadas e manobra de acalmar o ânimo da população.
Declaração
descabida do
PR: "os custos
da dissolução do parlamento seriam maiores do que quaisquer benefícios para o
país”.
Lá isso é verdade mas, senhor Vaz: os custos das eleições legislativas antecipadas ainda são maiores...
Tenha piedade sr. Presidente! O senhor pretende dissolver o parlamento, formar
o seu governo, dizer ao povo que não há dinheiro para as eleições e depois... depois? depois é só mamar
até o leite secar.
Afirmação infundada do PR: “O Governo em funções tem tido dificuldades em fazer passar o seu programa no parlamento, devido às lutas internas no PAIGC, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)”.
Pois é, senhor Mário Vaz, a abstenção em massa dos deputados do PRS na votação do mesmo programa que foi
anteriormente aprovado por unanimidade não conta? Brincadeira tem hora... O grande (PAIGC)
partido que o elegeu, é o culpado do chumbo do programa no parlamento? Santa
paciência... É óbvio
que o senhor está a
esconder-se na trincheira da oposição (PRS) para levar o país ao abismo...
“O discurso à Nação
que PR proferiu não encontra guarida na verdade! JMV mantem a sua retórica política. Disse o que era preciso ser dito, não o
que realmente pensa. “UMA DAS MENTIRAS
MAIS FECUNDAS, INTERESSANTES E FÁCEIS É FAZER A PESSOA MENTIROSA PENSAR QUE
ACREDITAMOS NO QUE ELA NOS DIZ”. (Sacha Guitry)
O ano de 2016 entrou com muitas incertezas políticas... A preocupação é geral, genuína e, os temores sobre o futuro da Guiné são reais. Há um clima de ódio e intolerância estabelecido no país . A Nação guineense encontra-se à beira de um precipício e com poucas perspetivas de reversão de rumo.
A delinquência institucional transformou-se numa realidade perigosa que desonra o exercício das instituições e adultera os padrões éticos.
É PRECISO ESMAGAR E DESTRUIR COM TODO O PESO DA LEI TODOS OS CRIMINOSOS QUE ATENTAM CONTRA A NAÇÃO E O POVO!
Fidju di Guiné tem que aprender a amar o seu país ...
Paz, estabilidade e harmonia entre os guineenses são os meus sinceros votos para o ano 2016.
Bem haja!
M. Costa.