Antes de mais assuntos gostaria de
começar agradecendo, de uma forma respeitosa, todos os guineenses e, em
especial o Senhor JOSÉ MÁRIO VAZ na qualidade de presidente da república da
Guiné-Bissau, o mais alto cargo da magistratura da nação guineense. Os meus
respeitosos cumprimentos estendem-se ao Senhor Primeiro Ministro DOMINGOS SIMÕES
PEREIRA, chefe de governo guineense; meus cordiais cumprimentos para o Senhor
CIPRIANO CASSAMÁ, Presidente de Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau.
No que refere a atual situação
política vigente no país, entre a presidência da república e a Primatura, eu,
assim como qualquer guineense, sinto-me inquieto e preocupado com o abismo que
posteriormente o país poderá passar, portanto, faço as minhas palavras em
consonância com a maioria dos guineenses, com esperanças e perspectivas de
desenvolvimento e bem estar da nação guineense, depositadas no presidente da
república assim como no primeiro ministro, que pautem pelo diálogo interno como
forma de ultrapassar a atual crise política. O país neste momento precisa da
colaboração total de todos os guineenses com um espírito de patriotismo baseado
na ‘’Unidade e Luta’’ como ferramenta principal para uma batalha democrática, obedecendo
e respeitando a constituição da República, afinal, Guiné-Bissau é um estado
soberano regulado por uma Constituição aprovada pela Assembleia Nacional
Popular.
Caros governantes, seria muito
valioso se nos voltássemos para nossa história política, onde a população
sempre foi vítima de impasses políticos na Guiné. Não é um caso inédito, sabemos
que a falta de diálogo político ainda permanece como uma mancha a fazer desaparecer
na sociedade guineense. A falta de diálogo resultou no não cumprimentos de
metas definidas pelo país nos vários mandatos com as diferentes personalidades
políticas. Vale a pena salientar que o nosso país tem uma história construída
através do sangue das pessoas que tombaram nas matas como mártires, com expetativas
de tornar esta pátria uma das mais
democráticas do mundo, algo que ainda não aconteceu. É normal na política as
discordâncias como em qualquer parte do mundo. Caso existam, devemo-nos engajar
internamente num diálogo onde o interesse da nação ficará acima de tudo como
forma de encontrar a solução, isso poderá ser fundamental para sair da crise,
ao invés de termos a destituição do governo.
Ilustres deputados, e representantes
legítimos de povo guineense, com obrigações de responder em nome de povo,
convido-vos, juntamente com o Senhor CIPRIANO CASSAMÁ, presidente de ANP, como
guineenses e, também como meu representante, na qualidade de cidadão nacional,
a redobrarem os vossos esforços, mais de que nunca, em fazer cumprir vossas
obrigações políticas. O momento é extremamente sério tanto em nível nacional quanto
em nível internacional.
Senhores representantes da nação
guineense, o nosso país hoje, precisa da coesão nacional, que deverá ser
privilegiada tanto nos momentos bons e assim também nos momentos difíceis.
Para finalizar as minhas palavras
mais uma vez, peço uma ponderação entre os políticos presente no destino de
país uma colaboração democrática para o melhor funcionamento da Guiné-Bissau.
Viva a unidade! Viva o progresso! Viva a nação guineense!
Por Calido Mango,
Universidade Federal da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira no Brasil.
São Francisco do Conde, Bahia 01/07/2015