terça-feira, 29 de setembro de 2015

OPINIÃO: OS PECADOS POLITICOS DO PRS

Esta novela política, corolário da crise desnecessária gerada pelo irresponsável Jomav,
trouxe a luz o nivel da consistência das forças politicas existentes no xadres político da
Guiné-Bissau.O PRS, logo no umbral da crise, na margem parlamentar começou por
revelar uma maturidade política duma performance quase que superior ao que se exige
no nosso contexto político.Verdade seja dita, a maior parte dos parlamentares do PRS,
apresentaram no rastreio do início da crise uma linha de discurso revestido de uma
coerência incólume a qualquer suspeita. 

Admira porém, quando surge a fase em que se começou a falar das reuniões da Comissão
Política. Eis que de repente surge posições contrárias as que a bancada parlamentar tinha tido
no hemiciclo; refiro-me ao movimento que desembocou na aprovação por unanimidade de
3 moções de confiança ao Governo (de inclusão) do PAIGC, liderado pelo Engenheiro
Domingos Simões Pereira, do qual, o PRS fazia parte à convite dos libertadores imbuídos
do espírito da estabilidade e segurança governativa de que o país necessitava numa fase tida
como a de renascimento e reconhecimento internacional. Correu tudo bem, até o JOMAV
colocar em execução o seu maquiavélico plano de trair toda a nação.

Não é compreensível que a bancada parlamentar do PRS tenha participado na aprovação de
um conjunto de 3 moções a favor do Governo e dias depois a Comissão Política decide entrar
num Governo ilegal, rubricando um acordo, não com um partido, mas sim com um indivíduo
(Baciro Dja); o que nos parece descabido desde ponto de vista da dimensão do próprio PRS
e da maturidade política que dele era esperado pala opinião pública nacional.

A distância entre a heroicidade e o desastre político do PRS, era apenas de 48h... isto é,  se o 
PRS tivesse tido a sabedoria e a grandeza política de esperar 48 h ou menos, até a publicitação 
do histórico ACORDAO, hoje em dia estariamos em presença de um gigantesco partido político 
no nosso contesto.Em presença desta realidade, surge a necessidade de trazer em revista uma 
questão intrínseca: Porque que o PRS, paricipou no governo legal do PAIGC, liderado pelo 
Eng. Domingos Simões Pereira, sem imposição de nenhumas condições? (que se saiba).
Porquê que a linha orientadora da bancada parlamentar do PRS tinha que ser diferente com 
a linha orientadora do próprio partido e consequentemente da sua Comissão Política?
E então! Porquê que o PRS, teria aceitado participar num governo legal, que depois de ser 
derrubado, torna aceitar participar num governo Ilegal nomeado inconstitucionalmente pelo 
PR Jomav? Declarada inconstitucional, o tal Governo dura menos de 48h. Aí, o PRS,  cai 
numa grosseira desgraça e entra num descreto absoluto, quando na verdade e de uma forma 
responsável, podia esperar apenas umas horas até o pronunciamento do STJ, para se tornar 
num partido eminentemente responsável e coerente.

Meus Senhores o PRS, jogou tudo para a grande lixeira;
Embora o programa e o governo sejam do PAIGC,  o bom trabalho do Ministro Florentino 
Mendes Pereira, no pelouro de energia, que podia constituir um ganho para o próprio partido, 
foi a água baixo.O bom trabalho do Ministro Serifo Embalo, enquanto titular do comércio e 
que também podia constituir um ganho para o PRS, pela histórica campanha de caju (que 
resultou ser um grande atenuante dos efeitos nefastos da presente crise) foi para água baixo.
São conquistas com avultadas somatorias políticas que o partido do ilustre Kumba Yala, não 
sobe cristalizar e preservar.

Agora, para voltar e fazer parte de um Governo eminentemente legal, a titulo de inclusão, 
não de coligação, o PRS surge com exigências reveladoras da sua incontornável vergonha 
nacional.O PRS diz não, mas não tarda este não vira sim...e vai-se aceitar pelo bem do país 
desgraçado pelo o grande imaturo PR Jomav.
PRS e agora!?
Tenho dito.
Ass: Iran Garandi