Caros amigos e parceiros,
A Tiniguena convida todos os seus amigos e parceiros a visitar a
Lojinha da Terra no âmbito do lançamento da nova colecção de postais e
do calendário de 2014, sob o tema: "TURISMO NO ARQUIPÉLAGO DOS BIJAGÓS
- Quem ganha e quem perde?"
Com esta edição a Tiniguena pretende encorajar uma reflexão mais
cuidada sobre a promoção do turismo no Arquipélago dos Bijagós,
candidato a Sítio do Património Mundial e Cultural da Humanidade,
atribuído pela UNESCO. Em cada uma das páginas do calendário, em cada
um dos postais da nova coleção, sugerimos a ponderação sobre esta
problemática sob ângulos diferentes, considerando sempre a questão de
fundo, quem ganha e quem perde com o turismo que hoje é praticado no
Arquipélago:
1) Como desenvolver o turismo no Arquipélago dos Bijagós, candidato
a sítio do património mundial, num contexto de pobreza e fragilidade
do Estado?
2) A privatização de ilhas sagradas e de espaços estratégicos para
a vida gera conflitos em cascata!
3) A ilusão do desenvolvimento que vem de fora favorece o
crescimento do individualismo e das dependências do exterior.
4) Os riscos de mercantilização da cultura bijagó, de perda de
identidade e da coesão social.
5) Os riscos de perturbação dos equilíbrios naturais e de
enfraquecimento das regras de gestão tradicionais.
6) É possível um outro turismo nos Bijagós?! A promoção do
ecoturismo no Parque Nacional de Orango.
Consideramos que vale a pena, nos tempos de crise que hoje conhecemos,
preservar espaços e recursos estratégicos para a vida das nossas
populações, para a nossa identidade cultural e para a economia
nacional. Neste sentido, é essencial:
"Apostar num turismo responsável no Arquipélago dos Bijagós, que
valorize o seu património natural e cultural e promova um
desenvolvimento durável em benefício dos Bijagós e do país!"
Aproveitamos esta oportunidade para desejar a todos os membros,
parceiros e amigos da Tiniguena, um Ano Novo de paz, concórdia,
progressos efetivos no processo de retoma da democracia e de promoção
de um desenvolvimento sustentável e duradouro para a Guiné-Bissau!
Com os melhores cumprimentos
Miguel Barros