Os citadinos de Bissau estão preocupados com o actual
impasse político e com a demora na
formação do novo governo, volvidos três
semanas após a demissão do executivo de Domingos Simões Pereira.
Numa auscultação feita
pela Agência de Notícias da Guiné (ANG) esta quarta-feira, Avito José
Mindela, mecânico de profissão, disse que o país está parado há cerca de 20
dias, acrescentando que isso lhe preocupa muito porque as receitas do Estado
vão baixar, e isso pode acarretar
problemas ao actual Primeiro-ministro, em termos de pagamentos de salários aos
funcionários públicos.
Mindela pediu ao
Presidente da República, José Mário Vaz para pressionar ao Baciro Djá na formação
do elenco governamental, a fim de arrancar o país, advertindo que em algumas
instituições Estatais há fraca participação de funcionários.
Aquele cidadão referiu ainda que a decisão de manter ou não
o actual Primeiro-ministro dependerá da decisão
do Supremo Tribunal de Justiça e do Partido da Renovação Social (PRS).
"Na minha opinião, as solicitações que as pessoas estão
a fazer ao Presidente da República para reconsiderar a sua decisão, acho que é
difícil porque o JOMAV disse bem claro no seu discurso que não confia no antigo
Primeiro-ministro", explicou.
Por sua vez, Ana Maria Indati, estudante, disse que a actual
crise política tem vindo a causar alguns transtornos à população, nomeadamente
nos disparos dos preços de produtos de
primeira necessidade e sua escassez nos mercados.
Ana Indati afirmou, a titulo de exemplo, o escassez da
cebola nos mercados, afirmando que comprou uma cebola por 250 francos ,valor
que antes correspondia o meio quilograma.
"Isto significa que devido a crise política certas
pessoas estão a tirar proveito com isso.
Peço ao Presidente da República para diligenciar, o mais
rápido possível, a formação do novo
governo para que o país volta a
normalidade", disse.
Nelson Vítor Mendes, electricista de profissão, por seu lado,
considera que o país não pode ficar parado, já que o Presidente da República
nomeou e empossou o novo Primeiro-ministro .
Disse que este deve avançar formando seu governo para
trabalharem em prol deste povo martirizado.
"Se o Supremo Tribunal depois veio a dar razão a quem a
tem, é só cumprir a lei. Deve-se avançar com o elenco para que tudo volte a
normalidade,” sugeriu Nelson Mendes.
A concluir, Diane Vieira da Silva, estudante universitária
disse que o país já tem novo Primeiro-ministro e que este avance com a formação
de um novo Governo, porque nas instituições estatais as receitas do Estado
estão diminuindo durante esta crise e que isso pode influenciar nos pagamentos
de salários.
Fonte: ANG