O novo projecto de reforço da
comunicação sobre o vírus de ébola denominado BE SAFE/START foi lançado esta
segunda-feira em Bissau pela ong religiosa Cáritas em parceria com a Cáritas do
Senegal.
O projecto, que se resume em contactos
directos de equipas junto das comunidades nas zonas de risco, foi financiado
pelas Cáritas Alemães, no valor de cerca de 1.5 milhões de dólares e terá
a duração de um ano.
No acto, o Secretário-geral da Caritas
da Guiné-Bissau explicou que a iniciativa visa melhorar a capacidade de
resposta face ao vírus de ébola reforçando assim os serviços públicos e
estratégia de educação para a saúde.
O padre Domingos Binhanguê acrescentou
que o projecto promete também desenvolver mensagens técnicas e culturais em
matéria de prevenção e controlo do ébola.
Binhanguê referiu que o projecto visa
igualmente melhorar os conhecimentos da comunidade e promover
adopção de comportamentos de protecção para ajudar a reduzir o risco de
contaminação nas comunidades fronteiriças do Senegal e da Guiné-Bissau.
“A exigência de prevenção do vírus nas
regiões de Gabú, Tombali, e Bolama Bijagós consideradas zonas de maior riscos
na Guiné-Bissau, alem de constituir um desafio à todos os intervenientes, só
pode ser ultrapassada com o contributo de todos através de uma acção conjunta e
coordenada”, referiu Domingos Binhanguê.
Por sua vez, o presidente de Instituto
Nacional da Saúde Pública, Plácido Cardoso disse que o projecto recém-lançado
se reveste de suma importância uma vez que vai complementar as intervenções
feitas no terreno no domínio da sensibilização.
A prevenção do ébola resume
essencialmente na observação das normas básicas da higiene, sendo assim, a
orientação das crianças neste domínio será de louvar porque eles captam
rapidamente”, disse Plácido Cardoso.
Recorda-se que o surto do ébola começou
em Dezembro de 2013, mas que veio a ser detectado só em Março de 2014 na
Guiné-Conacri.
De acordo com a Organização Mundial da
Saúde o vírus da febre hemorrágica é uma das doenças mais mortais que existem e
é altamente infecciosa e pode matar mais de 90 por cento das pessoas
que o contraem.
Fonte: ANG