Bissau 28
Abr 16 (ANG) – O Presidente do Partido da Unidade Nacional (PUN), defendeu hoje
que a solução para a crise vigente no país passa pelo entendimento entre os
partidos com assento no parlamento, caso contrario, o Presidente da Republica
deve dissolver o parlamento e convocar eleições gerais.
Idrissa
Djalo que falava em conferência de imprensa, na qual analisou a situação
política vigente no país, argumenta que até a exoneração do Governo dirigido
por Domingos Simões Pereira não existia nenhuma crise politica, contrariamente
a justificação do chefe do Estado que
sustentou a demissão do então executivo.
“Todos os
partidos presentes na Assembleia Nacional Popular faziam parte daquele governo
de inclusão e em varias ocasiões o parlamento votou Moções de Confiança ao
governo. Isto mostra que politicamente tudo estava bem, Apenas o Presidente da
República pensava o contrario”, acusou.
O líder do
PUN disse que o chefe de Estado proferiu, na altura, graves acusações de desvio
de fundos e corrupção contra
a equipa
dirigida por Simões Pereira, mas que , estranhamente, até hoje, nenhuma prova
sobre essas acusações vieram ao publico.
Idrissa
Djalo adiantou que o Presidente da República em vez de buscar saídas viáveis
para a crise que ele próprio criou, optou pela defesa de uma facção bloqueando
o país.
Perante o
actual cenário, o Presidente do PUN acusa José Mário Vaz de estar com receio de
dissolver a ANP e consequentemente marcar, como seria sua obrigação, eleições
gerais.
“Não o vai
fazer porque eu Idrissa quero ou exijo. Mas a dissolução da Assembleia Nacional
e as eleições gerais vai ser a consequência natural do desenrolar de
acontecimentos criados pelo próprio Presidente José Mário Vaz. Isto é a grande
realidade e não sei como é que o Presidente não está a enxergar está realidade
visível a olho nú” , disse o líder do PUN.
Para Idrissa
Djalo, a crise vigente não é comparável
com o que se vivia antes de 12 de Agosto de 2015 porque todos os partidos que
faziam parte do executivo estavam unidos e solidários principalmente os dois
maiores, o PAIGC e o PRS, o que não se
verifica hoje porque estão em pé de
guerra e sem solução a vista no parlamento.
O político
exortou aos partidos com assento parlamentar a assumirem as suas responsabilidades
buscando soluções com o objectivo de salvar a legislatura em curso,”porque,
caso contrário, serão julgados pelo povo nas urnas”.
ANG/MSC/JAM/SG