Em causa, a greve decretada pelo Sindicato de Base dos Funcionários da Câmara Municipal de Bissau que reclamam por pagamento de quatro meses de salário em atraso (Outubro, Novembro, Dezembro de 2013 e agora Janeiro de 2014).
De acordo com uma fonte próxima da Comissão da Greve, desta vez, a paralisação será observada a 100% sem garantias de serviços mínimos, para pressionar a direção a desbloquear a crise que afeta os trabalhadores desta edilidade.
A fonte garante ainda que, os serviços de Saneamento Básico, dos Mercados e dos Cemitérios serão totalmente paralisados, causando aos cofres da CMB um prejuízo que rondará pouco mais de 2 milhões de Francos CFA diário.
Para a nossa fonte, as receitas mensais da CMB, que são enormes, ou seja, superiores a 250 milhões de Francos CFAs, não justifica a situação por que passam os trabalhadores, com atraso no pagamento de salário superior a três meses, isto porque, a massa salarial mensal da instituição camarária é cerca de 37 milhões de Francos CFAs, portanto exequível em relação as receitas da edilidade.
O mais grave, de acordo com a nossa fonte, é que, durante a quadra festiva, muita promessa foi feita em relação ao pagamento de salário e, nada se cumpriu, a não ser, algum VALE autorizado pela direção que variou entre os 20 a 10 mil Francos CFA, montante que nada revolve face a importância da data em questão e do direito que o trabalhador tem de receber o produto do seu trabalho no final do mês.
Atenção, porque desta vez, os funcionários da CMB estão determinados em desafiar até as últimas consequências o Presidente da edilidade, António Artur Sanhá, que já foi Chefe de Governo neste país, no executivo que seguiu ao golpe que derrubou Kumba Ialá, daí a divergência entre os dois.