Representantes diplomáticos russos em Dakar tiveram acesso ao navio, estando a contactar
com a
tripulação para avaliar a situação.
Os russos
insistem estar na posse de licenças legais para as águas em que operavam.
Entretanto,
o clima de tensão provocado pela brusquidão militar do arresto, deu
lugar a um clima mais calmo,
com a visita classificada «de cortesia» de vários
inspectores senegaleses, para formalidades burocráticas, num ambiente
classificado como quase «amigável», sugerindo mesmo os jornalistas russos que
esse
é um sinal de que os senegaleses começam a admitir que se enganaram.
Resta saber
do destino dos vinte pescadores guineenses, que não é referido na
notícia.
O Embaixador
da Guiné-Bissau em Dakar já visitou os compatriotas, inteirando-se dos seus
direitos e necessidades? Caso se comprove a legalidade da situação do arrastão
e a falta de acusações formais por parte das autoridades senegalesas, parece
devido um inquérito que conduza, no mínimo, a um pedido de desculpas às vítimas
guineenses de maus tratos, como divulgou à comunicação social o capitão do
arrastão (sobretudo se se vier a descobrir que estavam em águas guineenses).