No dia 14 de Novembro de 2014, no âmbito do Projeto de Reforço Efetivo dos Direitos das Meninas para Protege-las contra as Práticas da Mutilação Genital Feminina (MGF), a Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau e a Plan International Guiné-Bissau encerraram a cerimónia deformação de médicos, enfermeiras e parteiras das regiões de Bafatá e Gabu, no domínio de atendimento especializado às vítimas de MGF, na sala de reuniões da Direção Regional de Saúde de Gabu.
Uma das atividades previstas pelo projecto, que arrancou em Janeiro de 2012 com uma duração de 36 meses, visava a capacitação teórica e prática dos especialistas médicos, enfermeiros e parteiras das duas regiões, a lidar com diferentes situações sobre as tipologias de complicações e técnicas cirúrgicasinerentes a prática de MGF, incluindo a fistula genital. A segunda fase desta formação, vai beneficiar cerca de duas dezenas de mulheres identificadas com problemas de complicações ligadas a mutilação genital, através da intervenção cirúrgica e tratamentos adequados.
O projecto com financiamento de 291 milhões de Francos CFA é conferido a 67% pela União Europeia e a 33% pela ONG PLAN Alemanha. Os beneficiários são 40 comunidades das regiões de Bafatá e Gabú e todas as mulheres que beneficiarão da assistência médica especializada nas 2 estruturas hospitaleiras apoiadas pelo projecto sobre as complicações inerentes a prática de MGF. Além disso, as acções de advocacia efectuadas no quadro do projecto poderão apoiar a aplicação concreta da lei que proíbe as MGF e facilitar o abandono das práticas nefastas.
Recorda-se que na Guiné-Bissau, cerca de 50% das meninas continuam a ser vítimas da prática da MGF. Além disto, uma larga proporção de mulheres precisa de tratamentos médicos pontuais devido às consequências desta prática associada à identidade étnica e tradicional sem justificações religiosas.