Uma
importante missão
do Governo da Guiné-Bissau
esteve durante 4 dias em Nova Iorque a convite das Nações Unidas. Conduzida e chefiada pelo próprio Chefe do Governo,
Primeiro Ministro Domingos Simões
Pereira, integrou os titulares dos Negócios
Estrangeiros, Cooperação
Internacional e Comunidades, Mário
Lopes da Rosa, da Defesa, Cadi Seidi e o Deputado do PRS N’Bunha Ncada.
Foram
quatro dias intensos em que a delegação guineense se desdobrou em apresentações, reuniões e contactos. Primeiro
a nível do “Grupo Internacional de
Contacto”, co-presidido
pelos Ministros dos Negócios
Estrangeiros do Ghana e de Timor Leste, respectivamente Presidentes do Conselho
de Ministros da CEDEAO e da CPLP, a que assistiram ainda o Representante
Especial do Secretario Geral das Nações
Unidas para a Guiné-Bissau,
Presidente Miguel Trovoada, o Presidente da Comissão da Consolidação da Paz - configuração Guiné-Bissau,
Embaixador Miguel Trovoada e mais de 50 países e organizações que se assumem como parceiras internacionais da
Guiné Bissau.
Depois
no Conselho de Segurança,
presidido pelo Representante Permanente da Austrália a que assistiram todos os membros permanentes e não permanentes.Finalmente
na Comissão da
Consolidação da paz
- configuração Guiné-Bissau com outra presença missiva dos parceiros.
Em todas
estas ocasiões, o
Primeiro Ministro Guineense fez uma apresentação da actual situação política
do país e traçou a visão estratégica para o futuro
imediato e a médio
prazo.Dos vários assuntos então abordados e que
tiveram pronta reação
de apoio dos parceiros, destacam-se:
•
necessidade de apoio na organização da mesa redonda de doadores, anunciada para
Fevereiro de 2015 em Bruxelas;
•
o acordo das autoridades guineenses para a prorrogação do mandato da
UNIOGBIS, apesar dos avanços
já registados em
matéria da estabilidade
e da restauração do
Estado de Direito Democrático;
•
o pedido das autoridades guineenses para a manutenção da força de estabilização da CEDEAO, a ECOMIB,
devendo a sua missão
de segurança às instituições e individualidades,
ser complementada com outras como a formação e estruturação das forças
da defesa e segurança,
a criação e
efectivação do
fundo de pensões e
a reinserção dos
oficiais entretanto desmobilizados. Para este efeito, os demais parceiros
multi-laterais devem ser integrados, a CPLP, a UA, a UE, sob a coordenação das Nações Unidas;
•
a necessidade do reforço de capacidade do sistema de saúde da Guiné-Bissau para estar em
condições de manter
a prevenção contra
o Ebola e se alinhar com a resolução
recente da Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO sobre essa matéria;
•
o alerta sobre os riscos da escassez de alimentos e
mesmo de situações
de fome devido ao mau ano agrícola
causado pelas alterações
climáticas que já estão produzindo efeitos
directos no território
da Guiné-Bissau,
tais como, o aumento do nível
médio das águas do mar e a escassez
das chuvas;
•
necessidade de reforço da capacidade institucional dos órgãos de soberania nacional
e a facilitação do
diálogo interno,
por forma a produzir consensos sobre as grandes linhas de reforma a implementar;
À margem de todos estes
encontros, o Primeiro ministro, em companhia do Presidente da Assembleia
Nacional Popular, Cipriano Cassama e dos lideres das bancadas parlamentares do
PAIGC e do PRS, respectivamente Califa Seidi e Certório Biote, foi recebido pelo Secretário-geral das Nações Unidas, Ban-Ki-Moon
num gesto de perfeita demonstração
de confiança nas
actuais autoridades do país.
Fonte presente a este encontro confirma que o Secretario Geral teve palavras de
elogios pelos passos já dados
e muitos encorajamentos para além
de renovar o compromisso de manter-se atento ao desenvolvimento da situação política e económica no país.
Contudo, não deixou de recomendar contenção e permanente ponderação por parte das entidades governativas do país, porquanto qualquer derrapagem neste momento poderá significar um grande revés nos propósitos que todos ambicionam com o futuro da Guiné-Bissau.
Contudo, não deixou de recomendar contenção e permanente ponderação por parte das entidades governativas do país, porquanto qualquer derrapagem neste momento poderá significar um grande revés nos propósitos que todos ambicionam com o futuro da Guiné-Bissau.
Ainda na
companhia de Cipriano Cassama, Domingos Simões Pereira recebeu elementos da Comunidade Guineense
residente em Nova Iorque. Foi um encontro breve que serviu para os conterrâneos guineenses matarem
saudades e expressarem orgulho e esperança para com as autoridades e no futuro do país.
A Delegação do Primeiro-Ministro
deixou Nova Iorque na manhã
do dia 20 de Novembro rumando para Cuba para uma visita oficial de 3
dias, com o sentimento de ter marcado importantes pontos e transmitido à comunidade
internacional parceira da Guiné-Bissau
a certeza de que este país
será um grande caso
de sucesso nos próximos
tempos.